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18 de out. de 2025

Sucesso que rachou o queen


Brian May revela qual foi o sucesso do Queen que ‘rachou’ membros da banda…

Em entrevista à revista Guitar Player, Brian May, 78, contou que o Queen nunca foi uma banda acomodada e tinha uma regra de ouro: evitar a repetição…

O que aconteceu

Segundo o guitarrista, a busca constante por inovação levou o quarteto a explorar novas sonoridades, estilos e técnicas de gravação. Essa ousadia gerou sucessos atemporais — e também momentos de tensão entre os integrantes.

Tínhamos essa ideia de que nunca deveríamos nos repetir, então nos colocamos deliberadamente em diferentes situações de composição e gravação, apenas para continuar avançando e quebrando quaisquer barreiras que pudessem parecer existir. 

Brian May…

Entre os desafios enfrentados pela banda, May citou o impacto de “Another One Bites the Dust”, lançada em 1980. O hit, com forte influência do funk e da disco music, representava uma guinada radical em relação ao rock grandioso que marcava o Queen até então.

Segundo o músico, Roger Taylor, baterista do grupo, não se sentia muito confortável com aquela música, e havia uma razão técnica e estética. “Ele não queria que sua bateria soasse daquele jeito”, revelou May.

A ideia, no entanto, foi abraçada com entusiasmo pelo baixista John Deacon, autor da faixa, e por Freddie Mercury, que enxergaram no som minimalista e dançante uma oportunidade de expandir o alcance da banda. O resultado…

Brian May vê nesse desconforto uma lição valiosa — não apenas para músicos, mas para qualquer artista: é fora da zona de conforto que surgem as grandes transformações. “Senti que outra barreira foi quebrada”, disse ele, resumindo em uma frase o que talvez seja a essência do Queen: ousar, arriscar e reinventar…

🔹via Espaço Queen

29 de jul. de 2025

A kind of magic album

 

 ♦️A KIND of MAGIC ALBUM
A MAGIA MUSICAL do QUEEN♦️ 
🔹Lançado em 1986, tem como conceito principal a trilha sonora não oficial para o filme Highlander, embora o álbum também explore temas de magia, imortalidade e superação pessoal

🔶ENTENDENDO🔸

🔹Highlander:

O álbum foi fortemente influenciado pelo filme "Highlander", e muitas das músicas foram compostas ou adaptadas para o filme. O título do álbum, deriva de uma fala do personagem Connor MacLeod sobre sua imortalidade. 

🔹Magia e Imortalidade:

Além da conexão com o filme, o álbum aborda a ideia de magia como algo que transcende o ordinário, conectando-se com o conceito de imortalidade e destino grandioso. 


🔹Superação:

As letras também sugerem a ideia de superar limites, seja do tempo, da mente ou da própria existência, transmitindo uma mensagem otimista sobre a busca por momentos mágicos na vida

🔹Trilha Sonora e Música:

O álbum inclui faixas como "A Kind of Magic", "Princes of the Universe" (tema de abertura de Highlander) e "Who Wants to Live Forever", que se tornaram emblemáticas, enquanto outras, como "One Vision", foram lançadas anteriormente, mas se encaixam no contexto do disco. 


🔹Recepção:

"A Kind of Magic" foi um sucesso comercial e de crítica, consolidando a popularidade do Queen após o Live Aid e se tornando um dos álbuns mais vendidos da banda nos anos 80

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♦️A ARTE DA CAPA♦️


A arte da capa, com seus símbolos e elementos visuais, tenta transmitir a  ideia de poder, magia e singularidade, refletindo também a música que compõe o álbum. 

                          🔸Detalhes🔸

🔹Inspiração 

O filme "Highlander" também  foi a principal a inspiração para sua capa. 

🔹Conceito de imortalidade:

A frase "a kind of magic" no filme se refere à imortalidade, e essa ideia é explorada na capa e nas músicas do álbum

            🔸ELEMENTOS VISUAIS🔸

A capa apresenta elementos que evocam poder, mistério e magia, como símbolos e imagens que remetem ao filme e à ideia de algo extraordinário

🔹Reflexo da música:

A capa não apenas ilustra o título, mas também tenta capturar a essência e o clima das músicas do álbum, que exploram temas de magia, poder e destino. 

🔹Reconhecimento da banda:

A capa também incorpora elementos do brasão do Queen, mostrando os signos dos integrantes, o que reforça a identidade da banda



3 de jul. de 2025

Innuendo: as capas

Ilustrações de Grandville em Innuendo



As capas do álbum "Innuendo" do Queen, foram tiradas e adaptadas criadas do artista francês Grandville. As imagens, internas  retiradas do livro "Another World", de Henri Fournier, mostram um mundo surrealista e grotesco, com figuras humanas e animais em situações absurdas, simbolizando a luta contra as adversidades e a busca por significado em meio ao caos.
 

Análise das Capas Internas
  • A capa principal:
    "Le Jongleur des Mondes" (O Malabarista dos Mundos) é uma ilustração que mostra um palhaço segurando um globo terrestre, com uma banana e uma mão adicionadas, simbolizando a fragilidade do mundo e a manipulação da realidade. 
  • Figuras e símbolos:
    Os desenhos de Grandville apresentam figuras grotescas, como animais com corpos humanos, e situações absurdas, que refletem a luta contra as adversidades e a busca por significado em meio ao caos. 
  • O estilo surrealista:
    O estilo visual de Grandville, com suas figuras distorcidas e ambientes bizarros, cria uma atmosfera de incerteza e inquietação, que ecoa o tema do álbum. 
  • A relação com o álbum:
    As imagens internas complementam as letras do álbum, que abordam temas como a luta pela vida, a fragilidade humana, a busca por significado e a resistência contra as adversidades, tudo isso em um contexto de doença e incerteza. 
  • A mensagem:
    A escolha do trabalho de Grandville e a adição de elementos como a banana e a mão na capa principal podem ser interpretados como uma forma de desafiar a realidade e questionar as convenções, ao mesmo tempo em que oferecem uma mensagem de esperança e persistência
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🔸🔹Capas do album innuendo🔹🔸 
            🔸Detalhes da criação🔸
🔹Inspirado nas ilustrações do artista francês Gerard Grandville, a capa se baseia em ilustrações do livro "Another World", de Grandville, um artista do século XIX conhecido por suas imagens surrealistas e antropomórficas (imagens que usam objetos e elementos da natureza como se fossem pessoas). 

🔹Adaptação e adição:
Richard Gray, que já trabalhou em capas anteriores do Queen, como "A Kind of Magic" e "The Miracle", coloriu e adaptou a imagem de Grandville, adicionando uma banana e uma mão à ilustração original

🔹Capa e contracapa:
A capa do álbum e as capas dos singles foram inspiradas nas ilustrações de Grandville, com a contracapa apresentando uma versão do leão com tuba no lugar da cabeça. 

🔹Significado da imagem:
A ilustração de Grandville, com seus objetos antropomórficos e animais, cria um ambiente ao mesmo tempo encantador e perturbador, refletindo a temática do álbum e a situação da banda na época. 

🔹Outros elementos visuais:
O videoclipe da música "Innuendo" também utiliza elementos visuais inspirados na capa, como figuras de massa em stop motion, e referências a pintores famosos como Leonardo da Vinci e Pablo Picasso
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O primeiro desenho, correspondente à capa de I'm Going Slightly Mad , apareceu originalmente no segundo volume da coletânea de textos Scènes de la vie privée et publique des animaux(1840-1842), especificamente em Les Amours de deux bêtes , um romance satírico de Honoré de Balzac:


As ilustrações a seguir são do livro Un autre monde (1844):


Capa Innuendo (uma fruta aparece no álbum)


Contracapa de Innuendo


Concerto à la vapeur , cover de The Show Must Go On


Contracapa de The Show Must Go On


Contracapa de These Are the Days of Our Lives (cassete)


Melodia para 200 trombones , cover de Innuendo (single)


Contracapa de Innuendo (single)

Essas ilustrações, também de Un autre monde , podem ser vistas no vídeo Innuendo :



30 de jun. de 2025

Os testamentos musicais de Freddie


Os testamentos musicais de Freddie são varios

Diferentes são as canções que representam a saída de Freddie so cenario musical . Essas musicas podem ser lembradas como as últimas obras importantes da sua fabulosa carreira de vinte anos. 

O último legado como compositor é "Um Conto de Inverno", o poema melancólico escrito inteiramente por Freddie em Montreux em janeiro de 1991 e inspirado na paisagem romântica do Lago Genebra. 

A "Canção do Cisne", a última música cantada, mas inacabada, cuja gravação aconteceu em meados de maio de 1991, é "Mother Love", escrita por Brian May em colaboração com um Freddie, agora frágil e enfraquecido pela doença, quase sem forças a canção foi motivada como sempre para dar o melhor que ele tinha

Outra música fundamental que dá o último adeus de Freddie aos seus fãs é "These Are the Days of Our Lives", escrita por Roger Taylor. No vídeo promocional relacionado, filmado no final de maio de 1991, Freddie, com um sorriso intenso mas agora resignado, sussurrando e  olhando para a câmera, num último momento diz: Ainda te amo.

O último adeus do Queen. 

Essas, são três pérolas musicais nas quais Freddie renuncia ao cargo de compositor, cantor e vocalista do Queen e nos lembram da poliedricidade, gênio e ecletismo do seu talento imensurável. 

E finalmente existe outro testamento importante, a última faixa do álbum "Innuendo", lançado em 1991, com Freddie ainda vivo. É a música que fecha o álbum, e de alguma forma a luxuosa carreira do Queen na formação original

THE SHOW MUST GO ON É uma música com grande impacto emocional e autobiográfico, majestosa, imponente quase como a faixa-título. Ao cantar Freddie nunca hesita, nem um momento lento, é um crescendo de notas em tons incríveis, continuando a subir, sempre... Metáfora perfeita para a carreira do Queen. "Muitas pessoas pensaram que ""The Show Must Go On""" era do Freddie, mas eu a escrevi", disse Brian. "Eu fiz uma demo completa, incluindo aquela parte muito alta lançada no verso ""On with the show""! " Freddie disse, Brian, queres a minha garganta rasgada outra vez! Pedi desculpas antecipadamente, dizendo-lhe que teria sido fantástico fazê-lo em voz alta. Ele gritou "Meu Deus! "depois ela rebobinou a fita e cantou aquela parte alcançando essas notas. Em algum lugar ele encontrou a energia que precisava e alcançou, apesar da doença, alturas que nunca alcançou antes. A voz do Freddie em "The Show Must Go On" é incrível, nunca ouvi ninguém cantar assim em toda a minha vida. "O canto profundo e intenso, mas não desesperado, que toca as notas, talvez nunca alcançadas antes, de um texto que é um verdadeiro aforismo usado mais frequentemente em referência a concertos, espetáculos e performances teatrais, mas também envolve diferentes aspectos da vida. 

E no círculo da vida que se fecha, na consciência da finitude humana, Freddie transmite, com ênfase, transporte e determinação, a mensagem de nunca desistir. Nada para, tudo flui inevitavelmente e apesar da fragilidade da condição humana, apesar das perdas e derrotas... A vida (show, música) tem que continuar. "Meu coração está partido, minha maquilhagem está derretendo, mas eu continuo sorrindo. Aconteça o que acontecer, vou deixar tudo ao acaso (que não pode ser contrariado, é o curso natural da vida). Logo virarei a esquina, lá fora o nascer do sol está nascendo (a continuação da Vida), mas no fundo, no meu lado mais escondido, anseio por ser livre. Minha alma está agora pintada como asas de borboleta, contos de fadas de ontem crescerão mas nunca morrerão. Eu posso voar, meus amigos. " 

Você voou para longe Freddie e o Show continuou, mas a Música.. sua.. vai continuar a fazer parte disto porque os contos de fadas, especialmente os especiais, nunca vão morrer. ❤️

Imagem :  Nennu art

Mother Love

 A Busca por Aconchego em Mother Love


canção 'Mother Love' do álbum póstumo Made in Heaven, foi uma das últimas gravadas com a participação de Freddie antes de seu falecimento, É uma obra carregada de emoção e introspecção. 

A letra reflete uma busca por conforto e cuidado maternal em um mundo que parece frio e solitário. O protagonista da música expressa um desejo de se afastar das relações tempestuosas e das exigências passionais, ansiando por um tipo de amor mais puro e reconfortante, semelhante ao amor de uma mãe.

A música aborda a vulnerabilidade humana, mesmo em alguém que aparenta ser forte e experiente. O 'homem do mundo' mencionado na letra revela seu cansaço e desesperança e apesar de sua fachada resistente, há um anseio por um refúgio seguro e acolhedor. 

A repetição do pedido para 'voltar para dentro' sugere um desejo de regresso ao útero ou ao lar, um lugar onde se possa encontrar paz e proteção.

'Mother Love' também toca na questão da mortalidade e do legado. A menção ao corpo dolorido e à incapacidade de dormir pode ser interpretada como uma alusão à luta de Freddie Mercury contra a AIDS

A busca por paz antes da morte e o desejo de um amor incondicional refletem a necessidade humana de conexão e compreensão nos momentos mais desafiadores da vida. 

A música se torna um testamento da vulnerabilidade de Freddie e um pedido universal por compaixão e aceitação

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Mother Love" também significa o desejo profundo por amor incondicional e proteção materna, especialmente em momentos de vulnerabilidade e medo da mortalidade. 

A música expressa o cansaço do mundo e o desejo de retornar a um lugar de segurança e paz, simbolizado pelo amor de mãe. 

🔹Elaborando:

É uma balada melancólica que explora o anseio por um refúgio seguro e acolhedor. 

🔹Vulnerabilidade e medo:

A letra reflete a fragilidade humana e a busca por conforto em meio à dor e à doença. Freddie Mercury, que enfrentava a AIDS, expressa o desejo de paz antes da morte e a necessidade de um amor incondicional. 


🔹Retorno ao útero:

A repetição do pedido para "voltar para dentro" sugere um desejo simbólico de retornar ao útero materno ou ao lar, um lugar de proteção e segurança

🔹Amor de mãe como refúgio:

A música busca um amor que transcende o romântico, encontrando na figura materna um porto seguro e um refúgio contra o medo e a solidão. 

🔹Legado e mortalidade:

"Mother Love" também toca na questão da mortalidade e do legado, com a busca por paz antes da morte e o desejo de deixar uma marca duradoura. 

🔹uma musica lançada em colaboração póstuma:

A música foi parcialmente gravada por Freddie Mercury e finalizada por Brian May após a morte do vocalista, com um solo de guitarra carregado de emoção e um final com trechos de outras músicas do Queen, culminando no choro de um bebê, simbolizando o retorno à origem.



Crazy little things called love

 


🔹Crazy Little things called love: Freddie escreveu este hit em 10 minutos.

Do álbum the Game de 1980 foi um grande sucesso! 

Diz a lenda que Freddie estava relaxando na banheira do seu hotel em Munique quando lhe veio a inspiração. Ele pulou para pegar seu violão (instrumento que sempre dizia não dominar muito) e em apenas 10 minutos nasceu o Crazy Little Thing Called Love.

O tema foi um tributo ao estilo rockabilly de Elvis Presley, uma homenagem ao seu ídolo com toques simples, mas irresistíveis. Gravado com a banda em alguns takes, tornou-se o primeiro #1 do Queen nos EUA, abrindo-lhes ainda mais as portas do mercado mundial.

 As maiores ideias surgem nos momentos mais cotidianos. Uma banheira, um violão. E um clássico para a eternidade.          


Essa composição explora a natureza imprevisível e intensa do amor, comparando-o a uma força caótica e incontrolável. A letra descreve o amor como algo que causa confusão e excitação, usando metáforas como um bebê chorando e uma água-viva para ilustrar sua natureza mutável e dinâmica. A música também aborda a tentativa de manter a calma diante dessa intensidade, com frases como "I gotta be cool, relax, get hip", sugerindo uma busca por equilíbrio e aceitação


Em detalhes: 

🔸Imprevisibilidade e intensidade 

A música retrata o amor como algo que não pode ser controlado facilmente, com reações como febre, calafrios e suor. 

🔸Comparação com a natureza:

A letra usa imagens como um bebê chorando e uma água-viva para ilustrar a natureza dinâmica e, às vezes, caótica do amor. 

🔸Busca por equilíbrio:

A música sugere a necessidade de manter a calma e encontrar um ritmo para lidar com as emoções intensas que o amor provoca. 

🔸Alegria e aventura:

A letra também evoca a sensação de liberdade e aventura que o amor pode trazer, com referências à cultura jovem da época

A composição também faz referência à cultura jovem da época, com menções a 'hitchhike' (pegar carona) e 'motor bike' (moto), sugerindo uma sensação de liberdade e aventura que acompanha o amor jovem. 


O estilo musical e a performance energética do Queen ao apresentar essa música contribuem para a sensação de euforia e descompromisso que a letra transmite. 'Crazy Little Thing Called Love' é um clássico que captura a essência do amor em sua forma mais pura e desenfreada, um sentimento que, apesar de louco, é irresistivelmente atraente

24 de jun. de 2025

Live killers: o ao vivo duplo da banda

O ÁLBUM LIVE KILLERS FOI O 1o ÁLBUM AO VIVO E SAIU EM 1979

Live Killers”: primeiro registro ao vivo do Queen que traz a ‘classuda’ versão acústica de “Love Of My Life”

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Produzido pelos próprios integrantes da banda, o album duplo é o primeiro registro ao vivo lançado pelo quarteto. E também foi o primeiro trabalho mixado nos estúdios de gravação da própria banda, o Mountain Studios, em Montreaux, Suíça.

A gravação das faixas aconteceu em diversos locais durante a turnê europeia do álbum “Jazz”, entre janeiro e março de 1979. Apesar de terem produzido e mixado o próprio disco, não é segredo pra ninguém que os integrantes não ficaram satisfeito com a mixagem final do álbum, porém, os fãs adoraram e teve vendas significativas que, inclusive, chegou ao terceiro lugar dos charts britânicos e no 16º lugar nas paradas norte-americanas.

O álbum "Live Killers" foi lançado no Brasil em 26 de junho de 1979, mesmo dia do lançamento mundial. O álbum é uma compilação de gravações ao vivo da banda durante a turnê do álbum "Jazz", ocorrida entre janeiro e março do mesmo ano

O lançamento de "Live Killers" marcou um momento importante na carreira do Queen, sendo o primeiro álbum ao vivo da banda e também o primeiro a apresentar uma espécie de retrospectiva da década de 70 da banda, com músicas de álbuns anteriores

A FOTO DA CAPA


A foto mostra o Queen em ação, foi registrada por Koh Hasebe, durante a turnê japonesa de “Jazz”, em 1979. Em 1985, o álbum ganhou novas versões, como o lançamento em único LP, no Japão e na Austrália, que foram intitulados como “Queen Live”. E, para angariar novos mercados, ainda em 1985, o disco também chegou ao Brasil (aproveitando-se do embalo do Rock
In Rio I que teve a “Rainha” como headline) e na África do Sul.

O tracklist de “Live Killers” é composto por 22 temas (na verdade, hinos), mas que destacam temas dos trabalhos mais recentes da banda na época, como “Jazz” e “News Of The World”, por exemplo. E, antes de optarem para um direcionamento mais pop, como em “The Game” (1980), traz o lado mais Hard Rock da banda.

No palco, o quarteto era incrível. Cada músico dava o melhor de si, tinham garra e determinação. E, apesar de serem competentes, eles – Brian May, Roger Taylor e John Deacon – eram um pouco ofuscados por Freddie Mercury, que era puro talento e carisma nos palcos


O repertório do álbum, é clássico seguido de clássico. Por se tratar de bandas do gabarito do Queen, um “faixa-a-faixa” desse álbum não é realmente necessário. Pois, quem aprecia a boa música, sabe que qualquer adjetivo para a música do Queen é pouco.

No entanto, em “Live Killers” há algumas faixas peculiares. Como a “versão alternativa” ou, se preferir, a “fast version”, que os caras fizeram para “We Will Rock You”, que abria as apresentações com uma pegada triunfante e que foi lançada como single. A mesma música aparece na parte final do álbum da forma mais conhecida (a do “tum, tum, táh”). As duas versões são magníficas. Só grupos do naipe do Queen para mudar o que já nasceu ótimo, permanecer ótimo.

Outro tema que merece um destaque à parte é “Love Of My Life”. A faixa do álbum “A Night At The Opera” na versão ao vivo só traz Freddie Mercury no vocal acompanhado de Brian May no violão. Na verdade, se analisarmos friamente, essa versão que, inclusive é mais conhecida que a original, pelo menos aqui no Brasil, traz um dueto entre o vocalista e o público. Essa edição ao vivo foi gravada em uma apresentação no Fasthalle, em Frankfurt, na Alemanha, em 2 de fevereiro de 1979. 

Aliás, “Love Of My Life” (live) foi lançada em single. E adivinhe onde alcançou o primeiro lugar das paradas? É claro que foi no Brasil e na Argentina. Isso porque o Queen havia tocado na América do Sul em 1981, onde fez shows memoráveis

Aliás, os shows da banda pela parte sul do continente americano aconteceu justamente um ano antes da Guerra das Malvinas, que envolveram argentinos e ingleses.


Já em “Bohemian Rhapsody”, o eterno hino da Rainha, traz em sua introdução um trecho de “Mustapha”, faixa de abertura do álbum “Jazz”. E, como sempre foi, a versão encontrada aqui mostra uma parte do Queen tocando o tema ao vivo, depois surge a parte “orquestrada” toca nas PA’s e o grupo executa a parte final ao vivo novamente.

Inclusive, em algumas versões do álbum, há temas omitidos, como “It’s Late”, “If You Can’t Beat Them”, “Somebody To Love” e “Fat Bottomed Girls”.


Enfim, é considerado um dos melhores trabalhos ao vivo da história. Se bem que outros registros ao vivo que foram lançados postumamente como “Queen On Fire – Live At The Bowl” (2004) e “Queen Rock Montreal” (2007) também são dignos de elogios. 

Mas, “Live Killers” é ligeiramente superior por soar “mais cru”. Afinal, os álbuns citados acima tiveram todo um tratamento tecnológico para serem lançados, enquanto o registro de 1979 traz apenas o melhor da qualidade de produção da época, embora os integrantes da banda tenham mostrado insatisfação do resultado final.

E assim é um super album não acham?



29 de mai. de 2025

The MIRACLE album

THE MIRACLE: O ÁLBUM E SEUS DESAFIOS! 

Em 22 de maio de 1989 se lança o The Miracle, o 13o álbum de estúdio do Queen! 

A mudança é evidente. Quatro faces que se fundem e desvanecem umas nas outras sem uma solução de continuidade. Uma imagem única e caprichosa. Uma entidade com quatro cabeças. A mudança é ainda mais evidente nos créditos: todas as canções são assinadas pelo Queen, sem mais nenhuma indicação sobre quem é o verdadeiro autor. A banda toda escreveu e ponto final. Foi o verdadeiro milagre este THE MIRACLE, o primeiro álbum de estúdio do Queen depois de quase três anos de espera.

Brian: “Nós éramos como gatos e cães, essa é a verdade. Éramos como quatro pintores todos tensos para dar um pincel para a imagem e prontos para cair um em cima do outro, aqui vamos nós. Foi como canalizar um fluxo contínuo. Houve momentos em que todas as nossas ideias, como a magia, funcionaram perfeitamente juntas, e depois houve um dia fantástico no estúdio onde todos sentiram que tinham dado uma boa contribuição. Depois houve dias em que todos empurravam e puxavam em direções opostas. E essas foram dores. Estranhamente Freddie - que todos consideravam uma primeira-dama - foi muitas vezes aquele que conseguiu encontrar um compromisso. Ele era muito bom a mediar nessas situações. ” 

John: “É o álbum mais difícil que fizemos juntos. Passámos um ano inteiro no estúdio e eu estava a sentir-me completamente exausta. Tem sido uma luta”.

Para ficar claro, as gravações foram suspensas por algumas semanas porque John tinha cortado a mão pressionando um copo demais, o que fala muito sobre as tensões que vieram com o trabalho.

THE MIRACLE foi lançado em 22 de maio de 1989, quase três anos após o lançamento de seu último álbum de estúdio, A KIND OF MAGIC, e dois anos e meio após o lançamento, LIVE MAGIC. O que estavam os quatro a tramar naquela altura?

Para o Deacon a resposta é muito simples: precisavam de férias. O casamento com Veronica estava passando por um período de crise, por causa da Rainha Moloch e das "distrações" que a atividade de estrela do rock implica.

ROGER por outro lado, dedicou-se a um negócio solo. Ou melhor, ele criou uma banda paralela (o The Cross). Foram precisos dois anúncios nas principais revistas de música britânicas para obter um número suficiente de candidatos que se dispusessem a participar da banda. No primeiro anuncio ele não teve adesões. E assim resolver anuciar pela 2a vez o concurso para banda sem se revelar. E em julho de 1987 ele organiza uma série de audições para escolher os musicos de sua banda. Roger inicialmente para chamar e escolher seus musicos, manteve o seu anonimato como famoso e só depois de escolher os musicos revelou que era para a sua banda. 

Até a May não ficou de mãos vazias: ele começou a produzir outros artistas mais do que qualquer coisa.

Freddie por aua vez no outono de 1985 esteve envolvido na realização da trilha sonora do musical Time, arranjado pelo astro dos anos 60 Dave Clark, tocando as músicas In My Defence e, claro, Time. Colaborou com Billy Squier novamente (já tinha acontecido há quatro anos) cantando uma versão de Love Is The Hero e em Enough Is Enough e produzindo Lady With A Tenor Sax. Depois colaborou com a cantora americana Jo Dare, compondo o dueto Hold On com Reinhold Mack para o trilha sonora do filme alemão Zabou. Então ele se dedicou à atividade solo: em março de 1987, ele publicou uma capa de The Great Pretender, um sucesso dos Platters do álbum ROCK AND ROLL WITH PLATTERS de 1955. A escolha da música não foi aleatória. Mercury descobriu que The Great Pretender adaptou muito bem a sua voz. 

No entanto, o verdadeiro orgulho de Freddie foi o lançamento de um álbum a meio caminho entre o pop e a ópera, BARCELONA, resultado de uma colaboração com a diva Montserrat Caballé.

Brian explicou o longo período de separação (umas ferias forçadas)assim: "Nós dissemos um para o outro: 'Ok, vamos fazer uma pequena pausa e quando for a hora certa faremos um álbum, sem que ninguém nos diga que temos que fazer um. '". Nenhum colapso, portanto, diante de todos os rumores que apareceram nos jornais: "Eles falam daqui! ”, a famosa declaração de Mercury durante o concerto de Wembley, fez apontar para o público as suas costas. A banda se viu assim quase naturalmente. 

O acordo era cada um compor músicas por conta própria, depois levá-las para os outros três e refazer todas juntas. Não é algo novo. A novidade era que cada música ia ser creditada aos 4, independentemente de quem fosse o autor real. 

A explicação sobre o porquê, feita por May ficou até ao fim dos trabalhos: “Queríamos gravar um álbum realmente democrático, no qual todos nós se envolveriamos na composição. Nós criamos um verdadeiro espírito de equipe, superando todos os problemas do ego. Esta é uma das razões pelas quais THE MIRACLE é um álbum melhor do que A KIND OF MAGIC". 

Brian encarou essa decisão de assinar como Queen todas as faixas "a melhor decisão que já tomámos, gostariamos que o tivéssemos feito há vinte anos porque marca uma grande diferença no processo criativo. ”

Assim o novo The Miracle do Queen estava previsto para conquistar mercados. E o mundo.


⚜️(📖Queen OpOm)⚜️

5 de abr. de 2025

Brian entrevista 2013

28 de fevereiro de 2013 - "M Magazine" publicou uma entrevista com Brian May sobre o Queen.

🔸REVISTA M Magazine: 1a Parte

Brian May tem falado muito sobre a música britânica desde que co-fundou a mega banda Queen há quatro décadas.

Brian, juntamente com o baterista do Queen Rodger Taylor, recebeu um PRS pelo Music Heritage Award no local em que fizeram seu primeiro show em Londres em julho de 1970. Antecipadamente , antes de receber o premio Brian concedeu entrevista contando sobre a sua composição, a era de ouro da música da guitarra e as suas memórias mais duradouras de Freddie. 

👉Esta é 1a parte da entrevista!

🔺Por que você acha que o Queen tem sido uma força tão duradoura na música britânica?

BRIAN: "É difícil responder por dentro... Mas havia um motor forte em Queen, especialmente do ponto de vista da escrita. Não era apenas uma pessoa a escrever e o resto de nós a interpretar. Estávamos todos a escrever e acho que foi o Ben Elton que apontou que éramos a única banda onde todos os membros tinham escrito um hit número um. Então estávamos sempre a lutar um contra o outro para sermos ouvidos. Éramos como quatro pássaros bebés num ninho todos a gritar alto! Daquele lugar fortemente competitivo vem uma força. Tudo o que lançamos foi criticamente rasgado em pedaços antes de ver a luz do dia. Então, se as pessoas nos criticaram no jornal, isso nunca nos incomodou tanto porque já tínhamos ouvido muito pior dos nossos colegas membros do grupo!

"Eu suponho que por alguma razão parecemos estar falando sobre coisas reais para pessoas reais. Não estávamos a falar sobre a vida das estrelas do rock; estávamos a falar sobre as esperanças e os sonhos de todos. Nós tornamo-nos inconscientemente uma banda de pessoas e todos os sentimentos nas canções são coisas que todos sentem - 'quero libertar-me', 'quero tudo' - falámos sobre as emoções interiores das pessoas. E felizmente para nós, a música parece superar as lacunas de geração. As emoções sobre as quais cantamos são comuns a todos, quer tenham nove ou 95 anos. ”

🔺Ouvi-te citar o álbum branco dos Beatles ou o Led Zeppelin como grandes influências. Pergunto-me se acham que a era de ouro da música da guitarra já passou. Ou você acha que ainda está fresco hoje?

"Acho que ainda é muito saudável. A indústria musical está num lugar particularmente difícil porque todos querem a sua música de graça e é muito difícil ser um novo ato porque como é que vais ganhar dinheiro? Mas acho que as forças ainda estão fortes e frescas e ainda há grandes grupos por aqui hoje em dia. A guitarra ainda faz parte dela. A guitarra parece ter essa capacidade de expressar as emoções das pessoas quer elas gostem ou não! ”

🔺Sim, a música de guitarra pode estar bem na sua cara!

“Sim! É muito elementar. Chamam-lhe machado e é um pouco como ter um machado na mão - podes esculpir coisas, tens muito poder nas mãos. ”

🔺Qual é a tua música favorita do Queen?

"Não sei, é tão difícil dizer! ”

OK, então qual é a tua música favorita para tocar ao vivo?

"Aqueles para quem eu sempre volto são We Are the Champions e We Will Rock You, porque não importa qual seja a situação, onde você está, com quem você está, como é a qualidade do sistema de som, esses dois sempre se conectam. Eles sempre sentem que você cumpriu as expectativas das pessoas quando toca essas músicas, então suponho que elas seriam as minhas favoritas. Ambos foram muito diferentes com base em qualquer situação em que estivemos. ”

🔺Como é que escreveste 'We Will Rock You'?

"Houve um certo momento em que estávamos a fazer uma turnê pelo Reino Unido e tocámos num lugar chamado Bingley Hall nas Midlands. As coisas tinham vindo a evoluir gradualmente em termos de como o nosso público se comportou, mas nesta noite em particular o público afogou-nos cantando cada linha de cada música! Foi emocionante, mas foi preciso um esforço de vontade para ceder a isso porque vínhamos de um lugar onde tocávamos e as pessoas ouviam. Saímos do palco e eles ainda estavam cantando. Foi "You'll Never Walk Alone", que foi maravilhoso e um som incrível. Depois disso, ficámos sentados a conversar e decidimos que ou resistimos a esta evolução que está a acontecer ou a abraçamos e encorajamos. Naquela noite eu escrevi 'We Will Rock You' e Freddie escreveu 'We Are the Champions' com a ideia de que estávamos a incentivar as pessoas a fazerem parte do show, a serem interativas connosco. Quando viemos fazer a próxima turnê, estas músicas estavam no ato e tudo se encaixou. 

Nós realmente abraçamos este negócio de o público fazer tanto parte do show como a banda. É engraçado porque se tornou um lugar bastante comum, mas naqueles dias não era. Viemos de uma época em que as pessoas se sentavam no chão em concertos e não se mexiam. Eles ouviram e abanaram um pouco a cabeça, mas não houve nenhuma interação como tal. A interação tinha ido para um lugar colossalmente diferente. Agora acontece muito. Você vê qualquer grupo em situação de estádio e vai acontecer mas depois foi novo, nunca ninguém tinha feito isso antes.

🔺Ainda é bastante único ir para casa e elaborar algo tão especificamente para aquela função de participação do público ao vivo...

Foi muito instintivo. Acordei com a música na cabeça. Lembro-me de ir dormir a pensar: "O que é que as pessoas podem fazer quando estão amontoadas num auditório?" ’ Eles podem carimbar, podem levantar as mãos, bater palmas e cantar. Quando acordei, o meu cérebro tinha montado isto e conseguia ouvi-lo na minha cabeça - parecia a coisa mais simples que podia pedir-lhes para fazerem e que se sentiriam bem! E então a canção tornou-se sobre as esperanças e sonhos das pessoas enquanto elas passam pelas suas vidas.

Há uma pitada de ironia na música que é sempre difícil de fazer. We Will Rock You parece bastante otimista face a isso. Mas se ouvirmos as palavras, há um elemento de questionamento sobre o que podemos realmente alcançar nas nossas vidas e para o que estamos aqui. ”