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16 de mar. de 2020

queen73 album - faixa por faixa

Leia texto sobre este álbum no link https://conexaoqueen.blogspot.com/2020/03/queen73-ousado-expansivo-roqueiro-e.html

Queen 1973 - Album debut 
FAIXA POR FAIXA
Keep Yourself Alive - Brian a escreveu logo após o grupo ser formado, mas antes de John Deacon entrar para a banda. De acordo com o May disse num especial de rádio de 1977 sobre o álbum "News of the World", ele escreveu a letra pensando nela num tom irônico, mas seu sentido mudou completamente quando Freddie Mercury a cantou. 

Resultado de imagem para Keep Yourself Alive queenFreddie pode ter ajudado nos arranjos musicais, baseado no fato de que (como foi lembrado pelo ex-baixista, e pela banda) eles estavam num período mais colaborativo no dias pré-estúdio e ele era quem geralmente dava as ideias estruturais. Embora seja bem possível que ele tenha contribuido com ideias para a música (os tipos de modulação e a forma expandida estão mais próximas do seu estilo do que ao de May), o fato é que, mesmo nesse caso, Mercury seria mais um co-arranjador do que um co-autor (como George Martin em canções dos Beatles).

DOING ALL RIGHT - foi escrita por May e Tim Staffell quando ainda eram a banda Smile. A música foi mudada diversas vezes ao longo do tempo, de um pop leve a violões acústicos ou até mesmo traços de metal pesado. Essa é uma das poucas músicas do Queen que expôs May no piano. Ele também tocou com seu velho violão Hairfred nessa faixa e em outras como "White Queen (As it Began)" e "Jealousy". A banda tocou essa musica em 1970 e foi a primeira musica que Mercury tocou ao vivo no piano levando a banda a notoriedade. Staffell a cantou quando era uma música da Smile, e Mercury tentou cantá-la da mesma maneira quando se tornou uma música do Queen.
 
GREAT KING KING RAT - foi escrita por Freddie. Essa canção é um exemplo do som mais recente de Queen, com longas composições pesadas com longos solos de guitarra e com mudanças bruscas de ritmo.
 
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My Fairy King, escrita por Freddie, fala a respeito de Rhye, um mundo fantasioso criado por ele e que é mencionado em outras canções de Queen, dentre as quais a mais notável é "Seven Seas of Rhye". "My Fairy King" é a primeira música do álbum a contar com as habilidades de Mercury no piano - já que o piano em "Doing All Right" foi tocada por May, que ficou bem impressionado pela forma que Mercury tocou o piano na faixa, e a partir desse ponto Mercury executou a maior parte dos trechos de piano nas músicas de Queen. 

Antes de escrever essa música, Mercury era conhecido como Freddie Bulsara, e é dito que essa música fez com que ele mudasse seu sobrenome. Suas letras contêm um verso com as palavras "Mãe Mercury, olhe o que fizeram comigo". May disse que após escrever esse verso, Mercury afirmou que estava cantando sobre sua própria mãe. Subsequentemente, Freddie Bulsara passou a usar o nome artístico Freddie Mercury.

Essa foi outra tentativa de separar seu personagem no palco ("monstro extrovertido", como o próprio Mercury descreveu uma vez) dele na vida real (introvertido). Escrita durante o tempo que a banda passou no estúdio, a canção contém muitas vozes sobrepostas e harmonias vocais, as quais Mercury era afeiçoado. Taylor também mostra suas habilidades vocais aqui, alcançando algumas das notas mais altas da composição. A técnica de vozes sobrepostas seria depois usada em várias canções de Queen, sendo que a mais notável é "Bohemian Rhapsody" Mercury pegou emprestado algumas linhas do poema de Robert Browning, "The Pied Piper of Hamelin"
  
Resultado de imagem para por do solTHE NIGHT COMES DOWN - May escreveu essa música pouco depois da formação da banda em 1970, seguindo o término de Smile. Foi gravada primeiramente nos estúdios De Lane Lea em dezembro de 1971, quando a banda foi contratada para testar o novo equipamento do estúdio em troca de permissão para gravar músicas demonstrativas apropriadas para suas tentativas de achar uma gravadora. O acordo foi mutuamente benéfico a Queen, pois tiveram a completa vantagem de utilizar equipamentos do estado-da-arte para colocar cinco de suas faixas em fita.   

Resultado de imagem para queen 1972 liveEm 1972, Trident Studios assinou com Queen um contrato de gravação que os limitava o acesso ao estúdio durante o tempo de inatividade (quando artistas que pagavam não estavam gravando) e eles começaram a trabalhar com Roy Thomas Baker. Ele e os donos e gerentes do estúdio Norman e Barry Sheffield insistiram em re-gravar as cinco faixas de demonstração de De Lane Lea. Uma nova versão de estúdio de "The Night Comes Down" foi gravada, mas no final, foi decidido que a versão De Lane Lea ainda era superior, e essa é a versão que aparece no álbum de estreia. A versão de Roy Thomas Barker nunca foi lançanda e não alcançou sequer um estágio de inicialização. 

Com o lançamento das músicas demonstrativas de De Lane Lea como faixas bônus em 2011, a diferença na alteração de "The Night Comes Down" é bem notável comparada com o LP original e remasterizações digitais. A música demonstrativa é basicamente a mesma que apareceu no álbum com a exceção da diferença distinta no som da bateria. 

A canção segue o que se tornaria temas típicos de Brian May, tais quais envelhecimento, nostalgia com a perda da infância e as dificuldades da vida adulta. Também há o que poderia ser uma referência ambígua a "Lucy in the Sky with Diamonds", na letra: "Quando eu era jovem chegou para mim; E eu podia ver o sol surgindo; Lucy estava no alto e eu também estava; Deslumbrante, guardando o mundo dentro de si." May é um fã confesso dos Beatles e comentou em numerosas entrevistas a influência que teve deles.

Resultado de imagem para queen 1972 liveMODERN TIMES ROCK'N ROLL - Roger escreveu e cantou a canção, que foi re-gravada em duas ocasiões para a BBC. A primeira foi em dezembro de 1973 e foi transmitida no show de John Peel. Essa versão foi eventualmente lançada no álbum de 1989 de Queen At the Beeb, e soa similar a versão do álbum. A segunda re-gravação foi em abril de 1974 e foi transmitida pela primeira vez no show de Bob Harris. A versão seguinte foi lançada além do esperado de gravações iniciais e difere da versão original do álbum no tempo mais lento e vocais adicionais de Freddie Mercury.
 
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SON AND DAUGHTER - foi escrita por May e foi a versão-B para o single "Keep Yourself Alive". Escrita em 1972 para seu primeiro álbum e uma adição comum nas apresentações ao vivo de Queen até 1975, a música originalmente abrigou seu famoso solo de guitarra.

A versão do álbum não inclui o solo de guitarra. O solo não foi adequadamente gravado até 1974, para "Brighton Rock" de Sheer Heart Attack. Até então, e ocasionalmente após, o solo de guitarra iria entrar no meio de "Son and Daughter" durante apresentações, permitindo ao resto da banda um pouco de descanso e mudança de roupa. 

Diferente de outras músicas do 1o período do Queen que entraram de volta em circulação nas apresentações ao vivo de suas turnês 1984-86, assim como "Liar", "Keep Yourself Alive", "Seven Seas of Rhye" e "In the Lap of the Gods... Revisited" - Son and Daughter permaneceu fora das listas de músicas depois que os hits de Queen começaram a dominar seus shows. A música indicativa do seu som inicial, influenciou blues rock e heavy metal.

Resultado de imagem para JESUSJESUS - A letra conta parte da história de Jesus de Nazaré. Mercury, que levou o crédito pela escrita da canção, era um Parsi Zoroastriano. A faixa inclui uma seção de ritmo de corda dupla durante os versos com uma longa pausa instrumental perto do fim da canção. Por causa dos efeitos criados pela  guitarra Red Special de May, junto de outras coisas, muitos dos 1os seguidores do Queen viam a banda como um tipo de rock psicodélico.

SEVEN SEAS OF RHYE = è só instrumental pois Freddie havia escrito metade dessa música quando o álbum foi gravado, e só a completou depois com a letra pro álbum Queen II.

Resultado de imagem para queen 1972 liveLIAR - foi escrita por Freddie em 1970 enquanto ele ainda era conhecido como Freddie Bulsara, e antes que Deacon se juntasse a banda no ano seguinte. É uma das músicas mais pesadas da banda. Como mencionada na transcrição na publicação da EMI Music de partituras de música Off the Record, essa é uma das poucas faixas da banda nos anos 70 a usar um órgão Hammond. 

Queen73: ousado, expansivo, + roqueiro e pesado da discografia

 O mais roqueiro e pesado da discografia, trabalho ousado e expansivo
Leia faixa por faixa https://conexaoqueen.blogspot.com/2020/03/queen73-album-faixa-por-faixa.html
Resultado de imagem para queen debut album 1973 vinilO Queen fez parte de uma nova geração de bandas de rock pós-década de sessenta, da virada da década quando começou. Banda que mesmo no começo de sua discografia, já estreava ultrapassando os limites da estrutura da música verso-coro, competindo entre si para construir alguns álbuns longos e complexos.

O álbum Queen é inconstante, selvagem, e bastante cru em certos aspectos, mas desde o 1o dia, os membros da banda já se mostravam compositores diferenciados, e com uma musicalidade incrível. Ouvi-los em seu 1o álbum é como pilotar um protótipo de Ferrari... Alguns ajustes ainda precisam ser feitos, mas dá para perceber que o potencial é imenso.

O álbum de estréia  auto-intitulado  Queen de 1973, foi finalizado em julho de 1973. Um álbum de 40 minutos, com 10 músicas (9 canções e 1 instrumental), que hoje podemos ver como uma espécie de semente para todas as idéias que a banda traria nos discos seguintes. Trata-se de um disco relativamente desigual no tocante ao conjunto do álbum. mas traz coisas bem interessantes como a tendência operística adaptada ao rock típica de Freddie Mercury (veja o que ele faz nas excelentes My Fairy King ou Jesus, por ex. ), a harmônica interação entre os músicos e não o simples “arranjo entre partes” que vemos em muitos grupos de rock hoje, deixando clara a simbiose entre o vocal de Mercury e a guitarra de May, e a energia inacreditável de Taylor e Deacon na bateria e no baixo. Neste álbum, John Deacon foi creditado como "Deacon John".

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Ao mesmo tempo é um trabalho ousado e expansivo. Já as estruturas de verso-refrão rejeitadas por roqueiros, são bombásticos como em 'Great King Rat', que  mostra vocais em várias camadas que mais tarde se tornariam bem familiares. A emocionante - 'Liar' é um excelente épico roqueiro, enquanto 'Son & Daughter' combina com o Black Sabbath nas estacas de riff de metal.  E os números mais leves e de ritmo médio não envelhecem e saem de moda. A sensibilidade pop inteligente que tornou Queen famoso no mundo aqui é totalmente ausente.

Embora esse álbum não tenha sido um grande sucesso na época, no entanto, é um registro importante no catálogo da Banda: introduziu o som dramático e grandioso, os vocais extravagantes de Mercury;  o violão melódico e orquestral de Brian May. Mostra os 1os sinais da preferência da banda por produções e arranjos meticulosos em estúdio; e o mais importante, o 1o single da banda em "Keep Yourself Alive". As músicas dessa estréia, bem como de seu trabalho seguinte, Queen II , formaram o repertório ao vivo do grupo - antes de "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You" e "We Are the Champions" se tornarem hinos nas arenas.

Este LP é considerado o disco mas roqueiro e pesado da discografía queenera. Foi influenciado pelo Rock progressivo, hard rock e Heavy metal e abrange temas como folclore ("My Fairy King") e religião ("Jesus"). Freddie compôs cinco das dez faixas, Brian compôs quatro, incluindo "Doing All Right", que foi co-escrito pela banda Smile com Tim Staffell. Roger compôs e cantou "Modern Times Rock'n'Roll". A última música do álbum é uma pequena versão instrumental de "Seven Seas of Rhye".

Resultado de imagem para queen 1973As comparações do Queen com o Led Zeppelin, dos pioneiros King Crimson e Yes, no início dos anos 70 foram muitas na época e são muitas até hoje,  quando especialmente o crítico ou fã vai estreitar laços dentro do hard rock. No entanto, o que o Queen faz aqui neste álbum de estreia é diferente em proposta musical, técnica e conjunto daquilo que o Led Zeppelin fez em seus álbuns I e II (ambos de 1969), os que mais são comparados ao Queen.  A questão é que o quarteto da rainha teve, desde o começo, um modo diferente de fazer [não só] hard rock.

Quer um ex. deste mesmo álbum? Peguemos Liar. Observe a cadência da introdução da guitarra, ritmo e base, as linhas musicais do baixo e os compassos diferentes da bateria. Há interrupção brusca do vocal (solo e de conjunto), há versos que lembram folk music, há um quê de pop em certas estrofes da canção… Como classificar esta música (ou a maioria) como sendo um genérico hard rock? Aliás, a característica primária do Queen foi a forma única da banda trabalhar os gêneros conhecidos, daí a estranheza de comparações “pau a pau” que normalmente se tenta fazer.
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Resultado de imagem para queen 1973HISTÓRICO - Depois que Tim Staffett saiu do Smile, Freddie se juntou a Roger e a Brian e ai trocam o nome do grupo para Queen. Foram então procurar um baixista: fizeram algumas experiências com alguns, mas nenhum se encaixou. Mike Grose um dos baixistas ficou na banda entre abril a agosto de1970. No começo de 1971, o baterista Roger Taylor conheceu o jovem baixista John Deacon numa discoteca e contou que a sua banda havia perdido o baixista recentemente e o convidou para um teste, e John depois de passar nesse teste sem muito esforço e agradar a todos os demais passou a integrar o grupo.

Mesmo com a formação oficial completa, a banda passou a desanimar, quase acabou, sobretudo por questões financeiras. No outono de 1971 Roger se matriculou no curso de biologia, numa escola politécnica localizada no norte de Londres. Brian May passou a lecionar. May procurou magnatas da música, patrocínios e outras formas de divulgar seu trabalho, mas ninguém se mostrou interessado.
O Queen estava formado: Freddie Mercury, John Deacon, Brian May e Roger Taylor. Mas estavam ainda presos aos estudos acadêmicos. Os 4 ensaiavam e se apresentavam como podiam. Enquanto os acadêmicos membros do Queen garantiam qualificações profissionais, o sonho de seguir com o rock ’n’ roll ficava parado.

Freddie e Brian tinham escritos várias músicas. Após se apresentaram no circuito ao vivo por alguns anos, a banda queria gravar algumas de suas próprias músicas profissionalmente. Entretanto, os estúdios não iriam contratar uma banda sem contrato com uma gravadora, e por outro lado, eles não podiam obter um contrato de gravação sem gravar algumas de suas canções.

Resultado de imagem para queen 1973 in studio de lane leaMas foi através de um amigo chamado Terry Yeadon, que trabalhava em um novo estúdio em Wembley de nome De Lane Lea Studios, em Dean Street, Soho, que a banda conseguiu  lá, a oportunidade de gravar suas 1as composições.
No outono de 71, eles conseguiram um horário de graça nesse estúdio ao concordarem em testar o novo estúdio e seus novos equipamentos. As gravações deste 1o material do Queen ocorream em dezembro de 1971. Armados com 5 composições; Liar, Great King Rat, Keep Yourself Alive, Jesus e The Night Comes Down, de repente, eles tinham uma fita demo para enviar para as gravadoras. Mais tarde em 1972,  um amigo levou a fita a todas as gravadoras. Todas disseram não e ainda acabaram fazendo  comparações pejorativas com Led Zeppelin.
Nos últimos meses daquele ano, a banda estava satisfeita por ainda ter permissão de utilizar as instalações do estúdio. No entanto, houve uma esperança: um selo, chamado Charisma Records (que trabalhava com o Genesis) fez uma proposta, O grupo até chegou a estar em estado de conversações com a Chrysalis  também. As propostas foram recusadas pelo grupo. Os membros da banda mesmo em início de carreira, se valorizavam e não queriam se rebaixar. Queriam ser ainda mais valorizados e sentiram que não valeria a pena aceitar essa 1a proposta.
 
Foi também nessa época em que Freddie mudou seu sobrenome para Mercury, inspirado no verso "Mother Mercury, look what they've done to me", da canção "My Fair King" e também em referência a Mercúrio, mensageiro dos deuses na mitologia grega. Além disso, o cantor desenhou o logotipo do Queen, que combina signos do zodíaco dos 4 membros.
 
Mais tarde, o empresário Norman Sheffield, então co-proprietário do Trident Studios, ouviu a fita demo gravada da banda e, embora inicialmente não tenha mostrado interesse, contratou o grupo para seu selo após ter assistido a uma apresentação do conjunto, o que o fez mudar de ideia, passando a contratar a banda, gerenciando a gravação, produção, gestão e direitos autorais das músicas.


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studio Trident
O produtor John Anthony, que em 1969 tinha gravado algumas faixas com o Smile, visitou o Queen para falar com Brian e Roger e gostou tanto do trabalho dos rapazes que sugeriu ao colega Roy Thomas Baker dos estúdios Trident, ( o engenheiro de áudio que acabou depois trabalhando na ocasião com o queen nessas 1as gravações e depois foi o futuro produtor musical de alguns discos da banda), que fosse dar uma olhada no trabalho deles.
Eles tocaram Keep Yourself Alive, Roy Thomas Baker gostou e os considerou “frescos, comerciais, grandes” e os recomendou a seus chefes Norman e Barry Sheffield, que ouviu a fita demo gravada da banda e, embora inicialmente não tenha mostrado interesse, contratou o grupo para seu selo após ter assistido a uma apresentação deles, passando a contratar-los, gerenciando a gravação, produção, gestão e direitos autorais das músicas.
Mas o Queen poderia gravar nos estúdios só à noite no tempo inativo de madrugada. Isso significava: teriam que esperar Elton John ou David Bowie terminar entre meia noite e 2 da manhã até o 1o cliente chegar de manhã.
 
O arranjo de gravar apenas durante o tempo de inatividade durou de junho a novembro de 1972. As limitações impostas a eles, os levou a se concentrar em completar apenas uma faixa de cada vez, assim o Queen aprendeu muito sobre suas capacidades musicais.  Mas mesmo assim os problemas surgiram quase imediatamente.

A banda pensou muito em usar também suas faixas demo gravadas no De Lane Lea studio, mas o produtor Roy Thomas Baker pediu que eles regravassem as músicas com melhores equipamentos. "Keep Yourself Alive" foi a primeira música a ser regravada, e o Queen não gostou do resultado. Eles gravaram mais uma vez, mas durante as sessões de mixagem, nenhuma mistura atendeu aos seus padrões até o engenheiro Mike Stone intervir. Após sete ou oito tentativas fracassadas, foi a 1a tentativa de Stone que teve a aprovação da banda.
Resultado de imagem para queen debut album 1973 vinilOutra faixa que se mostrou problemática foi "Mad the Swine", que foi gravada para o álbum, mas desandou pois Baker e o Queen discordaram da qualidade da percussão. A música era para ser a 4a faixa do álbum entre "Great King Rat" e "My Fairy King". Com o problema não resolvido, a faixa foi deixada de fora do álbum. Essa faixa ressurgiu em 1991 como o lado B do CD " Headlong " no Reino Unido e no relançamento do álbum pela Hollywood Records.
 
Em 1972, o Queen tinha acumulado uma grande porção de material para lançar mais de um álbum. Então nem tudo o que se gravou, pode ser aproveitado: 2 canções do Smile foram gravadas durante essas sessões: Doing All Right, escrito por Brian e Tim Staffell, lançado no LP de estréia, e Polar Bear, escrita por Tim, ( e que não pôde ser incluída no álbum.)
Outras faixas excedentes ou que não preenchiam os requisitos e deixadas de fora do álbum foram: The Mad Swine, Stone Cold Crazy, um medley rock 'n' roll que incluía Jailhouse Rock, a “blueseira" See What A Fool I've Been, 3 músicas que depois foram lançadas no próximo álbum (queen II - Ogre Battle, White Queen (As It Began), e Seven Seas Of Rhye), e também uma das mais procuradas faixas inéditas da história do Queen, Hangman, que foi tocada ao vivo até 1975, mas nunca lançado em um álbum. Uma outra canção gravada nesse período que causou muita discussão é Silver Salmon: aparentemente escrito por Tim Staffell e gravada durante essas sessões, embora alguns também aleguem que poderia ter sido gravada durante as sessões de News Of The World.
Freddie e Brian estavam provando ser prolíficos compositores, por isso era apenas uma questão de selecionar o material mais representativo a ser lançado em seu álbum de estréia. O álbum foi concluído no início de 1973, época em que a Trident arranjou um contrato do Queen com a EMI Records no Reino Unido e Elektra Records nos EUA.
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 A CAPA e o ÁLBUM - A princípio queriam chamar esse 1º álbum de -- Top Fax// Pix & Info// ou -Deary me,-mas no final elegeram simplesmente Queen. O disco foi publicado em 13 de Julho de 1973 na Inglaterra, alcançou Nº24 e foi disco de ouro. Nos EUA, foi lançado em Setembro e curiosamente a cor roxa que predominava a capa passou a ser rosa nos EUA. Mesmo alcançando disco de ouro, só chegou ao Nº83 nas listas americanas. Todos ficaram muito desapontados.
Pela 1a vez, se incluiu a famosa nota “nada de sintetizadoress”, presente em todos os álbuns do Queen dos anos 70. A banda se chateava muito quando as pessoas confundiam seus elaborados efeitos de guitarra multi- tracks com meros sintetizadores, quando realmente, o grosso do som desse tipo era criado pelo talento e a genialidade de Brian com sua guitarra, o equipamento do grupo e suas inovadoras técnicas de gravação, incluido o famoso amplificador Deacy criado por John Deacon que hoeje já se tornou um equipamento bem conhecido e apreciado.
Capa - No dia dia 17 de março de 1973, no apartamento de Freddie (100 Holland Road, Londres) a banda fez  a sua 1a sessão fotográfica do Queen sob direção do fótografo
Douglas Puddifoot, um amio de Roger de Cornwall, e que já tinha feito alguns cliques da banda desde a época do Smile. Algumas dessas fotos serviram de arte para o 1o álbum. Depois Freddie e Brian fizeram uma montagem com fotos da banda dos últimos 5 anos, incluindo fotos de shows. Essas fotos aparecem na contracapa.
A Capa de frente é um show no Marquee Club, em Londres, em 20 de dezembro de 72.
Singles - 2 canções foram escolhidas para singles deste álbum: Keep Yourself Alive lançada como o 1o single,teve "Son and Daughter" como lado-B.  Keep Yourself Alive foi também a faixa de abertura do álbum mas falhou ao não se colocar em qualquer lista das mais tocadas da época. Entretanto, hoje ela é reconhecida como um dos grandes hits do Queen. Em uma lista elaborada pela Rolling Stone, Keep Yourself Alive ficou em 31º lugar entre as melhores canções com guitarra de todos os tempos.
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CONCLUSÃO - "Esse álbum teve a juventude e o frescor que nunca foram recuperados, porque você é jovem apenas uma vez", disse May no livro de 2011 - 40 Years of Queen .  “Teve muitas arestas, muita má interpretação, muita produção ruim, mas obviamente não tivemos tempo para gastar nela, o que fizemos posteriormente.  Mas eu nunca pensaria em voltar e refazê-lo, ou algo assim, acho que tem um frescor que não teremos novamente. ”
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Olhando para trás no álbum, os membros terão opiniões diferentes, como a bateria poderia soar melhor aqui, as guitarras deveriam ter sido mais orquestradas lá, e assim por diante. 

Não importa, porque a versão definitiva do álbum que foi lançado pela EMI depois de muitas outras gravações dessas composições terem sido recusadas ou terem que ser refeitas, provará ser um começo e uma entrada  importante e vital ! O 1o filho do Queen agora parece um marco genial !!