Uma ótima reflexão..... O Queen nasceu e reclamaram que imitavam o Led Zeppelin. Lançaram o Queen II e reclamaram que era muito obscuro, perto do Pink Floyd, parece música de carnaval. Aí eles criaram um estilo próprio e reclamaram que Bo Rhap era exagerada. Depois reclamaram que o Day at The Races era fraco comparado com o Night at Opera. Aí reclamaram que mudaram de estilo no News of the World para seguir a onda Punk.
Depois disseram que o Jazz foi fraco. Dai veio o The Game e reclamaram que deixaram o rock de lado! Mas a banda obteve o êxito de ter Another One Bites the Dust 31 semanas no topo das paradas americanas, era top1 até em listas de música country americanas.
Enquanto isso, inventaram aqui no Brasil, com a síndrome de vira-latas de alguns brasileiros que a banda estava vindo pro Brasil em 1981 porque era uma banda decadente! Pode? O QUEEN ABRIU AS PORTAS PARA COLOCAR O BRASIL NO ROTEIRO DAS GRANDES BANDAS DE ROCK, mas disso ninguém lembra, o negócio é apenas criticar.
Reclamaram que o Queen fez uma fraca trilha sonora de Flash Gordon para um filme péssimo, como se o Queen tivesse dirigido, feito o roteiro e produzido o filme. Aí veio o Hot Space, só faltavam bater panelas! O videoclipe de "I Want to Break Free" foi vetado da MTV porque o acharam imoral...
A MTV lançou o Vanila Ice dizendo que ele tinha feito um sampler de uma música do David Bowie e cadê o Queen nessa história?! Veio o Rock in Rio, e o comentarista e jornalista Nelson Motta que hoje se derrete pro Queen, numa reportagem do Jornal da Globo, teve a ousadia de dizer que a rainha do Rock in Rio de 85 foi a Nina Ragen (quem mesmo, nem conheço...).
Aí a imprensa inglesa os criticaram porque foram fazer show na África do Sul enquanto rolava o regime do apartheid.
Em 89 a crítica dizia que o álbum The Miracle mostrava um Queen cansado e sem inspiração! Depois, a banda parou de fazer shows. E lá vão os críticos especularem o que estaria acontecendo. Claro, não poderiam deixar a banda e Freddie Mercury sossegados. E nem com a morte de Freddie os críticos pararam... Duas semanas depois, Brian e Roger se sentiram na obrigação de ir a um programa de talk show na Inglaterra para defender a honra do amigo e vocalista, pois a imprensa inglesa só exaltava a vida aventureira, intensa e pessoal de Freddie, além de criticarem sua orientação sexual.
Alguns anos depois da morte de Freddie, não se falava mais em Queen. Nesse tempo uma nova geração apareceu e começou a gostar de Freddie e da banda querendo conhecer sua obra. Aí o Queen, principalmente Freddie, já começava a virar lenda e muitos começaram a curtir o som da banda.
Depois, como a tal lenda da Fênix, o pássaro mitológico que ressurge das cinzas, o Queen volta como mágica na voz de Paul Rodgers no vocal. Pronto! Prato cheio para críticas novamente! E diziam: ele não era adequado, tinha outra pegada, desfigurou o estilo do Queen e por aí vai... Sou eternamente grato por ter vivido novamente a emoção de ver o Queen de novo ao vivo nos palcos. Aí veio Adam Lambert e mais críticas: ele não é o Freddie Mercury (como se fosse possível alguém ser), não tem a pegada do rock necessária á banda...
Nesse meio tempo surge um cover do Freddie, um tal de Marc Martel que lembra muito o Freddie na voz e que faz um sucesso danado cantando Queen. Porque então não colocam esse Martel nos vocais do Queen que canta muito mais parecido ao Freddie do que esse Adam? Ora pois, o Marc Martel canta super bem, tem uma linda voz mas depois que Freddie se foi, Brian e Roger não querem ninguém que seja parecido na voz e lembre o amigo Freddie. Daria a impressão que o Queen chamou um cover imitador para os vocais. Freddie era único e será sempre inesquecível.
O que mais vão inventar para criticarem? Será que não dá pra curtir um pouco?
Não teria sido muito melhor... que esse bando de críticos sistêmicos, tivessem curtido o Queen I sem compará-lo ao Led Zeppelin? Não teria sido melhor curtir o Queen II sem se importar com seu lado obscuro? Não teria sido melhor para aqueles que criticaram os exageros de Bo Rhap tivessem curtido a música e tivessem reparado na sua complexa construção musical.
Não teria sido melhor curtir musicas como Teo Torriate em vez de comparar o A day of the Races com o anterior? Não teria sido bem mais proveitoso curtir a fase do News of the World do que criticar a mudança de estilo?
Por que os críticos com Bowie se derretiam e se encantavam chamando de camaleão do rock, e com Queen não se podia elogiar?
Por que não aceitar que rock não é o único estilo musical que existe e deixar o Queen a vontade com suas musicas e clipes dos de diversos estilos? Criticar Paul Rodgers e Adam Lambert, o que queriam, que o Roger e o Brian se exilassem assim como o John?