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5 de abr. de 2025

Brian entrevista 2013

28 de fevereiro de 2013 - "M Magazine" publicou uma entrevista com Brian May sobre o Queen.

🔸REVISTA M Magazine: 1a Parte

Brian May tem falado muito sobre a música britânica desde que co-fundou a mega banda Queen há quatro décadas.

Brian, juntamente com o baterista do Queen Rodger Taylor, recebeu um PRS pelo Music Heritage Award no local em que fizeram seu primeiro show em Londres em julho de 1970. Antecipadamente , antes de receber o premio Brian concedeu entrevista contando sobre a sua composição, a era de ouro da música da guitarra e as suas memórias mais duradouras de Freddie. 

👉Esta é 1a parte da entrevista!

🔺Por que você acha que o Queen tem sido uma força tão duradoura na música britânica?

BRIAN: "É difícil responder por dentro... Mas havia um motor forte em Queen, especialmente do ponto de vista da escrita. Não era apenas uma pessoa a escrever e o resto de nós a interpretar. Estávamos todos a escrever e acho que foi o Ben Elton que apontou que éramos a única banda onde todos os membros tinham escrito um hit número um. Então estávamos sempre a lutar um contra o outro para sermos ouvidos. Éramos como quatro pássaros bebés num ninho todos a gritar alto! Daquele lugar fortemente competitivo vem uma força. Tudo o que lançamos foi criticamente rasgado em pedaços antes de ver a luz do dia. Então, se as pessoas nos criticaram no jornal, isso nunca nos incomodou tanto porque já tínhamos ouvido muito pior dos nossos colegas membros do grupo!

"Eu suponho que por alguma razão parecemos estar falando sobre coisas reais para pessoas reais. Não estávamos a falar sobre a vida das estrelas do rock; estávamos a falar sobre as esperanças e os sonhos de todos. Nós tornamo-nos inconscientemente uma banda de pessoas e todos os sentimentos nas canções são coisas que todos sentem - 'quero libertar-me', 'quero tudo' - falámos sobre as emoções interiores das pessoas. E felizmente para nós, a música parece superar as lacunas de geração. As emoções sobre as quais cantamos são comuns a todos, quer tenham nove ou 95 anos. ”

🔺Ouvi-te citar o álbum branco dos Beatles ou o Led Zeppelin como grandes influências. Pergunto-me se acham que a era de ouro da música da guitarra já passou. Ou você acha que ainda está fresco hoje?

"Acho que ainda é muito saudável. A indústria musical está num lugar particularmente difícil porque todos querem a sua música de graça e é muito difícil ser um novo ato porque como é que vais ganhar dinheiro? Mas acho que as forças ainda estão fortes e frescas e ainda há grandes grupos por aqui hoje em dia. A guitarra ainda faz parte dela. A guitarra parece ter essa capacidade de expressar as emoções das pessoas quer elas gostem ou não! ”

🔺Sim, a música de guitarra pode estar bem na sua cara!

“Sim! É muito elementar. Chamam-lhe machado e é um pouco como ter um machado na mão - podes esculpir coisas, tens muito poder nas mãos. ”

🔺Qual é a tua música favorita do Queen?

"Não sei, é tão difícil dizer! ”

OK, então qual é a tua música favorita para tocar ao vivo?

"Aqueles para quem eu sempre volto são We Are the Champions e We Will Rock You, porque não importa qual seja a situação, onde você está, com quem você está, como é a qualidade do sistema de som, esses dois sempre se conectam. Eles sempre sentem que você cumpriu as expectativas das pessoas quando toca essas músicas, então suponho que elas seriam as minhas favoritas. Ambos foram muito diferentes com base em qualquer situação em que estivemos. ”

🔺Como é que escreveste 'We Will Rock You'?

"Houve um certo momento em que estávamos a fazer uma turnê pelo Reino Unido e tocámos num lugar chamado Bingley Hall nas Midlands. As coisas tinham vindo a evoluir gradualmente em termos de como o nosso público se comportou, mas nesta noite em particular o público afogou-nos cantando cada linha de cada música! Foi emocionante, mas foi preciso um esforço de vontade para ceder a isso porque vínhamos de um lugar onde tocávamos e as pessoas ouviam. Saímos do palco e eles ainda estavam cantando. Foi "You'll Never Walk Alone", que foi maravilhoso e um som incrível. Depois disso, ficámos sentados a conversar e decidimos que ou resistimos a esta evolução que está a acontecer ou a abraçamos e encorajamos. Naquela noite eu escrevi 'We Will Rock You' e Freddie escreveu 'We Are the Champions' com a ideia de que estávamos a incentivar as pessoas a fazerem parte do show, a serem interativas connosco. Quando viemos fazer a próxima turnê, estas músicas estavam no ato e tudo se encaixou. 

Nós realmente abraçamos este negócio de o público fazer tanto parte do show como a banda. É engraçado porque se tornou um lugar bastante comum, mas naqueles dias não era. Viemos de uma época em que as pessoas se sentavam no chão em concertos e não se mexiam. Eles ouviram e abanaram um pouco a cabeça, mas não houve nenhuma interação como tal. A interação tinha ido para um lugar colossalmente diferente. Agora acontece muito. Você vê qualquer grupo em situação de estádio e vai acontecer mas depois foi novo, nunca ninguém tinha feito isso antes.

🔺Ainda é bastante único ir para casa e elaborar algo tão especificamente para aquela função de participação do público ao vivo...

Foi muito instintivo. Acordei com a música na cabeça. Lembro-me de ir dormir a pensar: "O que é que as pessoas podem fazer quando estão amontoadas num auditório?" ’ Eles podem carimbar, podem levantar as mãos, bater palmas e cantar. Quando acordei, o meu cérebro tinha montado isto e conseguia ouvi-lo na minha cabeça - parecia a coisa mais simples que podia pedir-lhes para fazerem e que se sentiriam bem! E então a canção tornou-se sobre as esperanças e sonhos das pessoas enquanto elas passam pelas suas vidas.

Há uma pitada de ironia na música que é sempre difícil de fazer. We Will Rock You parece bastante otimista face a isso. Mas se ouvirmos as palavras, há um elemento de questionamento sobre o que podemos realmente alcançar nas nossas vidas e para o que estamos aqui. ”



Sobre Bicicle Races



Bycicle Races: TRADUÇÃO E REFLEXÃO

Uma parte da letra diz isso:

👉🔺Você diz preto, eu digo branco

Você diz latir, eu digo morder

Você diz Tubarão, (o filme) eu digo "ei cara": Tubarão não faz meu estilo!

E eu não gosto de Star Wars

Você diz Rolls, eu digo Royce

Você diz Deus me dê uma escolha

Você diz Senhor, eu digo Cristo

Eu não acredito em Peter Pan

Frankenstein ou Superman

Tudo que eu quero fazer é

Andar de bicicleta, uma corrida de bicicleta…

CELEBRAR A LIBERDADE INDIVIDUAL SEM CONVENÇÕES! A música 'Bicycle Race', é uma explosão de energia e um hino à liberdade individual. Lançada em 1978, no álbum 'Jazz', a canção é conhecida por seu refrão cativante e pela irreverência típica do grupo liderado por Freddie Mercury.

A letra da música é uma série de contrastes e opostos, onde o eu lírico expressa sua preferência por escolhas pessoais em detrimento das opções impostas ou esperadas pela sociedade. A repetição do desejo de andar de bicicleta serve como uma metáfora para a liberdade de escolha e o prazer nas coisas simples da vida. A bicicleta, neste contexto, simboliza a autonomia e a capacidade de ir e vir, de escolher o próprio caminho.

Além disso, a canção faz referências a diversos aspectos da cultura pop e eventos políticos da época, como 'Star Wars', 'Jaws' (Tubarão), e escândalos como Watergate e a Guerra do Vietnã. Essas referências são usadas para reforçar a ideia de que o eu lírico não se interessa por essas questões, preferindo focar em sua própria liberdade e prazeres. 'Bicycle Race' é uma celebração da individualidade e um convite para que as pessoas se libertem das expectativas e pressões externas, escolhendo o que realmente as faz felizes

✳️A letra traduzida da musica Bicycle Races pode significar tambem : cada um tem um gosto, uma preferência mas as pessoas podem se conviver juntos e até na hora do @m0r! 

Tambem podemos refletir: independente cada um tem sua opinião, gostos, preferencias e desejos que não dependem da opinião dos outros. Temos nossa liberdade individual,  também sabemos pensar e agir por conta própria se somos maduros e independentes!

2 de abr. de 2025

Queen e a influência do Led Zeppelin



Queen e Led Zeppelin! – Legado, significado cultural e influência para o Queen. (By Queen Net)

O Led foi o líder da mudança da era psicodélica da década de 60 para o rock sexualmente orientado, baseado na masculinidade e num movimento mais centralizado.

Essa mudança levou à sensação rock ‘n roll que temos hoje. Eram muitas coisas, mas tudo o que faziam era artístico. Foram uma super banda de Elite! 

A Banda é o epítome do brandinge mudou a forma como a música era criada para o rádio e até mesmo a forma como os empresários operavam.

 

Essa mudança ocorreu junto com a mudança na história dos EUA. O movimento da contracultura atingiu o auge. A música do Led Zeppelin representou um período de mudança e atividade.

O Led Zeppelin deixou um legado impressionante, e até Jimmy Page se orgulha do fato de que sua música inspirou alguns dos maiores músicos da atualidade a perseguir seus sonhos.

Levaria muito tempo para listar as diversas Bandas que admitiram ser influenciadas pelo Led Zeppelin, que incluem Metallica, Madonna, Red Hot ChiliPeppers, Audioslave, Alice Cooper e Beastie Boys, para citar alguns e até i Queen, claro! 

O Led Zeppelin também teve um grande impacto na moda e na definição de Cool . A Banda exalava sexualidade e machismo e todos queriam transmitir essa vibração.

Eles até começaram a moda dos cabelos grandes na década de 80.

O Led Zeppelin definiu o rock e o estilo de vida do rock e eles não são apenas adorados pelos fãs, mas também respeitados por músicos famosos.

 Mas vamos nos concentrar no Queen!

Brian May chegou a dizer que o Led Zeppelin criou o projeto geral de uma Banda de rock.

May disse que os membros do Queen estavam preocupados por terem perdido o barcopara o sucesso quando ouviram o Led Zeppelin pela primeira vez.

 

A Banda de Jimmy Page foi formada dois anos antes do Queen, mas em uma entrevista para a Total Guitar, May refletiu que poderia muito bem ter sido uma vida inteira do ponto de vista do grupo mais jovem.

Esses caras não estavam muito à nossa frente em idade, mas a primeira vez que ouvimos o Zeppelin, pensamos -‘ Oh, meu Deus, é aqui que estamos tentando chegar, e eles já estão lá! 

Então, de certa forma, houveram momentos em que sentimos como se tivéssemos perdido o barco. Como se não pudéssemos colocar nossas coisas lá fora. Mas nossa visão era um pouco diferente do Zeppelin, musicalmente. 

É mais harmônico e melódico, suponho …

Mas eu nunca teria vergonha de dizer que o Zeppelin foi uma grande influência para nós, não apenas musicalmente, mas também na forma como eles se comportaram no negócio, sem comprometer. A forma como lidaram com a sua imagem, a integridade, a forma como construíram o seu espetáculo – tantas coisas. Suponho que entre o Zeppelin, os Beatles e o Who, você veria de onde viemos. Esse foi o tipo de plataforma que rebatemos … 

 

Brian também concordou que a música Now I’m Here do Queen foi fortemente influenciada por Black Dog do Zeppelin.

 

▪️Black Dog

 

▪️Now I’m Here

 Devo muito à Jimmy Page, é claro – o mestre do riff e o mestre em se perder deliberadamente em compassos.Acho que essa música foi inspirada, definitivamente, no espírito do Zeppelin. Todas aquelas coisas maravilhosas que acontecem quando Bonzo lança coisas que soam como se estivessem em um compasso diferente – essas coisas sempre me fascinaram. 

 

▪️Notas

Bonzo à que Brian se refere é John Bonham, baterista do Led Zeppelin.

John Bonham foi o motor rítmico do Led Zeppelin. Com Page, Plant e Jones, ele alcançou fama e fortuna.

Dividido entre a saudade da família e os excessos da estrada, Bonzo encontrava conforto na bebida.

O alcoolismo cobrou seu preço em Setembro de 1980, quando o baterista foi encontrado morto pelos companheiros de Banda com apenas 32 anos.

 O single do Queen que foi inspirado em uma música do Led Zeppelin.

Apresentando a entrega vocal arrebatadora de Freddie Mercury e os ganchos de guitarra bem enrolados de Brian May – Innuendo – acompanha as melhores faixas que o Queen lançou durante sua gestão.

Ao longo de seis minutos, a música vai e vem, especialmente na forma como a bateria ressoa durante o processo, cada tom-tom e preenchimento destinado à grandeza, parando apenas para deixar o público desfrutar de um suspiro eufórico.

Entre os riffs intensos e os vocais altíssimos, surge o som de uma guitarra flamenca mais silenciosa e agradável, trazendo novas texturas sonoras para a órbita cada vez mais ampla da Banda. É o som de Steve Howe, o vigoroso guitarrista e diretor musical do Yes, agora mais determinado do que nunca a mostrar sua versatilidade como músico acústico.

A música foi uma das composições mais sinceras de Roger Taylor, questionando a necessidade incessante do homem de criar guerra quando estava cercado por tanto esplendor e beleza. Ele foi sem dúvida inspirado pela condição debilitada de Freddie Mercury, mas é possível discernir na faixa alguns dos sabores da obra-prima com sabor oriental do Led Zeppelin – Kashmir.

Foi o primeiro e único aceno de reconhecimento do Queen ao chamado gênero de rock progressivo.

 Acho que Innuendo foi uma daquelas coisas que poderia ser grande – ou nada. Tínhamos os mesmos sentimentos sobre Bohemian Rhapsody. É um risco porque muita gente diz – ‘ É muito longo, é muito complicado e não queremos tocar no rádio … ‘ Acho que isso pode ser um problema e, nesse caso, morrerá. Ou pode acontecer que as pessoas digam ‘ Isto é interessante, novo e diferente ’, e nós arriscaremos …– Brian May.

Na verdade, o público deleitou-se com o perigo, e o banger conquistou o hit número um mais improvável de sua carreira.

Mas não houve maior sentimento de realização para a Banda quando foi anunciado que o vocalista do Led Zeppelin – Robert Plant – havia concordado em cantar Innuendo em Wembley com eles, no Tributo à Freddie Mercury, em 1992.

Reconhecendo a influência que teve no grupo, Plant adicionou alguns versos de Kashmir à mixagem, o épico do Zeppelin que inspirou a faixa do Queen. Não combinou com a música, seja por falta de ensaio ou por nervosismo por parte de Plant, e o cantor sentiu certo constrangimento pelo esforço. Sua aparição foi omitida do lançamento do DVD na década de 2000, à seu pedido.

 

 

É uma pena que ele tenha uma opinião tão forte sobre o desempenho, especialmente considerando algumas das performances ruins da noite.

 

O Álbum Innuendo é o último Álbum de estúdio do Queen. Através da bucólica beleza, vemos o som de quatro homens tentando desesperadamente mostrar o quanto queriam. E embora soubessem que seu trabalho nunca sairia do estúdio, as gravações mostram um quarteto tocando como se suas vidas dependessem disso.

E com a faixa-título, Queen mostrou que eles eram uma Banda de rock progressivo tão viável quanto Led Zeppelin era.

 

Innuendo(Vídeo oficial)

 

Innuendo(Tributo a Freddie Mercury)

 

Via Far Out Magazine Co.Uk



Leia Mais em... https://queennet.com.br/02/01/2024/noticias/curiosidades/led-zeppelin-e-a-influencia-no-queen/

5 de mar. de 2025

Tie your Mother Down: rift feito na Espanha!

✳️ TIE MOTHER DOWN - A historia da canção do Queen que Brian fez em Tenerife (Espanha) 

 🔷 A musica Tie Your Mother Down foi concebida em Tenerife em 1968, quando Brian ainda era um universitário e preparava seu doutorado de astronomia e nem sonhava com Queen.

Uma vez que a banda criou a canção, Brian tratou de mudar o título e mais adiante o refrão. Freddie gostou da dureza de sua mensagem direta e assim ela permaneceu intacta.

Como a maioria das musicas do Queen, nas décadas que se passaram até hoje, se tem procurado o sentido exato da letra. Como os intregrantes geralmente evitavam falar dos significados das letras, a inspiração de Tie tour mother ainda é um certo enigma. 

Esta composição foi o 2o tema do álbum ‘A Day At The Races’, precedido por una introdução instrumental de um minuto sem título com um som de guitarra que reaparece ao final do disco. 

A musica possui um rift de guitarra bastante reconhecivel. Tie Your Mother Down assegurou rapidamente um lugar nos shows ao vivo do Queen de muitas fases e turnês até os ultimos shows!

Brian May comenta sobre a canção : “Tie Your Mother Down se construiu em torno de um riff que eu estava tentando fazer durante muito tempo. Recordo perfeitamente onde o toquei a primera vez. Foi sobre aquela crosta vulcânica em Tenerife, quando fazia os estudos de doutorado e tinha uma pequena guitarra acústica que havia comprado em Santa Cruz de Tenerife, onde estávamos viviendo”.

Recordo que toquei aquele riff e fiquei ai sentado observarndo como o Sol se punha e parecia que tudo cantava com a letra. Não é que tinha um esboço inteiro dessa canção naquele momento, só tinha o riff e algo assim como um principio da melodía na cabeça. E como dizia Paul McCartney: a tendencia é colocar todas as palabras que se ocorrem antes de ter tempo de pensar. 

Depois no Queen quando estava cantando Tie Your Mother Down e pensando quais eram as palabras improvisadas, claro, poderia trocar a letra. Mas ficou exatamente como foram pensadas antes.