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30 de jun. de 2025

Freddie: testamentos musicais


Os testamentos musicais de Freddie são varios

Diferentes são as canções que representam a saída de Freddie so cenario musical . Essas musicas podem ser lembradas como as últimas obras importantes da sua fabulosa carreira de vinte anos. 

O último legado como compositor é "Um Conto de Inverno", o poema melancólico escrito inteiramente por Freddie em Montreux em janeiro de 1991 e inspirado na paisagem romântica do Lago Genebra. 

A "Canção do Cisne", a última música cantada, mas inacabada, cuja gravação aconteceu em meados de maio de 1991, é "Mother Love", escrita por Brian May em colaboração com um Freddie, agora frágil e enfraquecido pela doença, quase sem forças a canção foi motivada como sempre para dar o melhor que ele tinha

Outra música fundamental que dá o último adeus de Freddie aos seus fãs é "These Are the Days of Our Lives", escrita por Roger Taylor. No vídeo promocional relacionado, filmado no final de maio de 1991, Freddie, com um sorriso intenso mas agora resignado, sussurrando e  olhando para a câmera, num último momento diz: Ainda te amo.

O último adeus do Queen. 

Essas, são três pérolas musicais nas quais Freddie renuncia ao cargo de compositor, cantor e vocalista do Queen e nos lembram da poliedricidade, gênio e ecletismo do seu talento imensurável. 

E finalmente existe outro testamento importante, a última faixa do álbum "Innuendo", lançado em 1991, com Freddie ainda vivo. É a música que fecha o álbum, e de alguma forma a luxuosa carreira do Queen na formação original

THE SHOW MUST GO ON É uma música com grande impacto emocional e autobiográfico, majestosa, imponente quase como a faixa-título. Ao cantar Freddie nunca hesita, nem um momento lento, é um crescendo de notas em tons incríveis, continuando a subir, sempre... Metáfora perfeita para a carreira do Queen. "Muitas pessoas pensaram que ""The Show Must Go On""" era do Freddie, mas eu a escrevi", disse Brian. "Eu fiz uma demo completa, incluindo aquela parte muito alta lançada no verso ""On with the show""! " Freddie disse, Brian, queres a minha garganta rasgada outra vez! Pedi desculpas antecipadamente, dizendo-lhe que teria sido fantástico fazê-lo em voz alta. Ele gritou "Meu Deus! "depois ela rebobinou a fita e cantou aquela parte alcançando essas notas. Em algum lugar ele encontrou a energia que precisava e alcançou, apesar da doença, alturas que nunca alcançou antes. A voz do Freddie em "The Show Must Go On" é incrível, nunca ouvi ninguém cantar assim em toda a minha vida. "O canto profundo e intenso, mas não desesperado, que toca as notas, talvez nunca alcançadas antes, de um texto que é um verdadeiro aforismo usado mais frequentemente em referência a concertos, espetáculos e performances teatrais, mas também envolve diferentes aspectos da vida. 

E no círculo da vida que se fecha, na consciência da finitude humana, Freddie transmite, com ênfase, transporte e determinação, a mensagem de nunca desistir. Nada para, tudo flui inevitavelmente e apesar da fragilidade da condição humana, apesar das perdas e derrotas... A vida (show, música) tem que continuar. "Meu coração está partido, minha maquilhagem está derretendo, mas eu continuo sorrindo. Aconteça o que acontecer, vou deixar tudo ao acaso (que não pode ser contrariado, é o curso natural da vida). Logo virarei a esquina, lá fora o nascer do sol está nascendo (a continuação da Vida), mas no fundo, no meu lado mais escondido, anseio por ser livre. Minha alma está agora pintada como asas de borboleta, contos de fadas de ontem crescerão mas nunca morrerão. Eu posso voar, meus amigos. " 

Você voou para longe Freddie e o Show continuou, mas a Música.. sua.. vai continuar a fazer parte disto porque os contos de fadas, especialmente os especiais, nunca vão morrer. ❤️

Imagem :  Nennu art

Mother Love

 A Busca por Aconchego em Mother Love


canção 'Mother Love' do álbum póstumo Made in Heaven, foi uma das últimas gravadas com a participação de Freddie antes de seu falecimento, É uma obra carregada de emoção e introspecção. 

A letra reflete uma busca por conforto e cuidado maternal em um mundo que parece frio e solitário. O protagonista da música expressa um desejo de se afastar das relações tempestuosas e das exigências passionais, ansiando por um tipo de amor mais puro e reconfortante, semelhante ao amor de uma mãe.

A música aborda a vulnerabilidade humana, mesmo em alguém que aparenta ser forte e experiente. O 'homem do mundo' mencionado na letra revela seu cansaço e desesperança e apesar de sua fachada resistente, há um anseio por um refúgio seguro e acolhedor. 

A repetição do pedido para 'voltar para dentro' sugere um desejo de regresso ao útero ou ao lar, um lugar onde se possa encontrar paz e proteção.

'Mother Love' também toca na questão da mortalidade e do legado. A menção ao corpo dolorido e à incapacidade de dormir pode ser interpretada como uma alusão à luta de Freddie Mercury contra a AIDS

A busca por paz antes da morte e o desejo de um amor incondicional refletem a necessidade humana de conexão e compreensão nos momentos mais desafiadores da vida. 

A música se torna um testamento da vulnerabilidade de Freddie e um pedido universal por compaixão e aceitação

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Mother Love" também significa o desejo profundo por amor incondicional e proteção materna, especialmente em momentos de vulnerabilidade e medo da mortalidade. 

A música expressa o cansaço do mundo e o desejo de retornar a um lugar de segurança e paz, simbolizado pelo amor de mãe. 

🔹Elaborando:

É uma balada melancólica que explora o anseio por um refúgio seguro e acolhedor. 

🔹Vulnerabilidade e medo:

A letra reflete a fragilidade humana e a busca por conforto em meio à dor e à doença. Freddie Mercury, que enfrentava a AIDS, expressa o desejo de paz antes da morte e a necessidade de um amor incondicional. 


🔹Retorno ao útero:

A repetição do pedido para "voltar para dentro" sugere um desejo simbólico de retornar ao útero materno ou ao lar, um lugar de proteção e segurança

🔹Amor de mãe como refúgio:

A música busca um amor que transcende o romântico, encontrando na figura materna um porto seguro e um refúgio contra o medo e a solidão. 

🔹Legado e mortalidade:

"Mother Love" também toca na questão da mortalidade e do legado, com a busca por paz antes da morte e o desejo de deixar uma marca duradoura. 

🔹uma musica lançada em colaboração póstuma:

A música foi parcialmente gravada por Freddie Mercury e finalizada por Brian May após a morte do vocalista, com um solo de guitarra carregado de emoção e um final com trechos de outras músicas do Queen, culminando no choro de um bebê, simbolizando o retorno à origem.



Crazy little things called love

 


🔹Crazy Little things called love: Freddie escreveu este hit em 10 minutos.

Do álbum the Game de 1980 foi um grande sucesso! 

Diz a lenda que Freddie estava relaxando na banheira do seu hotel em Munique quando lhe veio a inspiração. Ele pulou para pegar seu violão (instrumento que sempre dizia não dominar muito) e em apenas 10 minutos nasceu o Crazy Little Thing Called Love.

O tema foi um tributo ao estilo rockabilly de Elvis Presley, uma homenagem ao seu ídolo com toques simples, mas irresistíveis. Gravado com a banda em alguns takes, tornou-se o primeiro #1 do Queen nos EUA, abrindo-lhes ainda mais as portas do mercado mundial.

 As maiores ideias surgem nos momentos mais cotidianos. Uma banheira, um violão. E um clássico para a eternidade.          


Essa composição explora a natureza imprevisível e intensa do amor, comparando-o a uma força caótica e incontrolável. A letra descreve o amor como algo que causa confusão e excitação, usando metáforas como um bebê chorando e uma água-viva para ilustrar sua natureza mutável e dinâmica. A música também aborda a tentativa de manter a calma diante dessa intensidade, com frases como "I gotta be cool, relax, get hip", sugerindo uma busca por equilíbrio e aceitação


Em detalhes: 

🔸Imprevisibilidade e intensidade 

A música retrata o amor como algo que não pode ser controlado facilmente, com reações como febre, calafrios e suor. 

🔸Comparação com a natureza:

A letra usa imagens como um bebê chorando e uma água-viva para ilustrar a natureza dinâmica e, às vezes, caótica do amor. 

🔸Busca por equilíbrio:

A música sugere a necessidade de manter a calma e encontrar um ritmo para lidar com as emoções intensas que o amor provoca. 

🔸Alegria e aventura:

A letra também evoca a sensação de liberdade e aventura que o amor pode trazer, com referências à cultura jovem da época

A composição também faz referência à cultura jovem da época, com menções a 'hitchhike' (pegar carona) e 'motor bike' (moto), sugerindo uma sensação de liberdade e aventura que acompanha o amor jovem. 


O estilo musical e a performance energética do Queen ao apresentar essa música contribuem para a sensação de euforia e descompromisso que a letra transmite. 'Crazy Little Thing Called Love' é um clássico que captura a essência do amor em sua forma mais pura e desenfreada, um sentimento que, apesar de louco, é irresistivelmente atraente

24 de jun. de 2025

Live killers: o ao vivo duplo da banda

O ÁLBUM LIVE KILLERS FOI O 1o ÁLBUM AO VIVO E SAIU EM 1979

Live Killers”: primeiro registro ao vivo do Queen que traz a ‘classuda’ versão acústica de “Love Of My Life”

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Produzido pelos próprios integrantes da banda, o album duplo é o primeiro registro ao vivo lançado pelo quarteto. E também foi o primeiro trabalho mixado nos estúdios de gravação da própria banda, o Mountain Studios, em Montreaux, Suíça.

A gravação das faixas aconteceu em diversos locais durante a turnê europeia do álbum “Jazz”, entre janeiro e março de 1979. Apesar de terem produzido e mixado o próprio disco, não é segredo pra ninguém que os integrantes não ficaram satisfeito com a mixagem final do álbum, porém, os fãs adoraram e teve vendas significativas que, inclusive, chegou ao terceiro lugar dos charts britânicos e no 16º lugar nas paradas norte-americanas.

O álbum "Live Killers" foi lançado no Brasil em 26 de junho de 1979, mesmo dia do lançamento mundial. O álbum é uma compilação de gravações ao vivo da banda durante a turnê do álbum "Jazz", ocorrida entre janeiro e março do mesmo ano

O lançamento de "Live Killers" marcou um momento importante na carreira do Queen, sendo o primeiro álbum ao vivo da banda e também o primeiro a apresentar uma espécie de retrospectiva da década de 70 da banda, com músicas de álbuns anteriores

A FOTO DA CAPA


A foto mostra o Queen em ação, foi registrada por Koh Hasebe, durante a turnê japonesa de “Jazz”, em 1979. Em 1985, o álbum ganhou novas versões, como o lançamento em único LP, no Japão e na Austrália, que foram intitulados como “Queen Live”. E, para angariar novos mercados, ainda em 1985, o disco também chegou ao Brasil (aproveitando-se do embalo do Rock
In Rio I que teve a “Rainha” como headline) e na África do Sul.

O tracklist de “Live Killers” é composto por 22 temas (na verdade, hinos), mas que destacam temas dos trabalhos mais recentes da banda na época, como “Jazz” e “News Of The World”, por exemplo. E, antes de optarem para um direcionamento mais pop, como em “The Game” (1980), traz o lado mais Hard Rock da banda.

No palco, o quarteto era incrível. Cada músico dava o melhor de si, tinham garra e determinação. E, apesar de serem competentes, eles – Brian May, Roger Taylor e John Deacon – eram um pouco ofuscados por Freddie Mercury, que era puro talento e carisma nos palcos


O repertório do álbum, é clássico seguido de clássico. Por se tratar de bandas do gabarito do Queen, um “faixa-a-faixa” desse álbum não é realmente necessário. Pois, quem aprecia a boa música, sabe que qualquer adjetivo para a música do Queen é pouco.

No entanto, em “Live Killers” há algumas faixas peculiares. Como a “versão alternativa” ou, se preferir, a “fast version”, que os caras fizeram para “We Will Rock You”, que abria as apresentações com uma pegada triunfante e que foi lançada como single. A mesma música aparece na parte final do álbum da forma mais conhecida (a do “tum, tum, táh”). As duas versões são magníficas. Só grupos do naipe do Queen para mudar o que já nasceu ótimo, permanecer ótimo.

Outro tema que merece um destaque à parte é “Love Of My Life”. A faixa do álbum “A Night At The Opera” na versão ao vivo só traz Freddie Mercury no vocal acompanhado de Brian May no violão. Na verdade, se analisarmos friamente, essa versão que, inclusive é mais conhecida que a original, pelo menos aqui no Brasil, traz um dueto entre o vocalista e o público. Essa edição ao vivo foi gravada em uma apresentação no Fasthalle, em Frankfurt, na Alemanha, em 2 de fevereiro de 1979. 

Aliás, “Love Of My Life” (live) foi lançada em single. E adivinhe onde alcançou o primeiro lugar das paradas? É claro que foi no Brasil e na Argentina. Isso porque o Queen havia tocado na América do Sul em 1981, onde fez shows memoráveis

Aliás, os shows da banda pela parte sul do continente americano aconteceu justamente um ano antes da Guerra das Malvinas, que envolveram argentinos e ingleses.


Já em “Bohemian Rhapsody”, o eterno hino da Rainha, traz em sua introdução um trecho de “Mustapha”, faixa de abertura do álbum “Jazz”. E, como sempre foi, a versão encontrada aqui mostra uma parte do Queen tocando o tema ao vivo, depois surge a parte “orquestrada” toca nas PA’s e o grupo executa a parte final ao vivo novamente.

Inclusive, em algumas versões do álbum, há temas omitidos, como “It’s Late”, “If You Can’t Beat Them”, “Somebody To Love” e “Fat Bottomed Girls”.


Enfim, é considerado um dos melhores trabalhos ao vivo da história. Se bem que outros registros ao vivo que foram lançados postumamente como “Queen On Fire – Live At The Bowl” (2004) e “Queen Rock Montreal” (2007) também são dignos de elogios. 

Mas, “Live Killers” é ligeiramente superior por soar “mais cru”. Afinal, os álbuns citados acima tiveram todo um tratamento tecnológico para serem lançados, enquanto o registro de 1979 traz apenas o melhor da qualidade de produção da época, embora os integrantes da banda tenham mostrado insatisfação do resultado final.

E assim é um super album não acham?