No filme biográfico do Queen, Bohemian Rhapsody, um jovem Farrokh "Freddie" Bulsara está assistindo sua banda de rock favorita, Smile - que inclui o vocalista e baixista Tim Staffell, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor - tocando "Doin 'Alright" no palco em 1970.
Naquela mesma noite após o show, Staffell diz a Brian e Roger que ele está deixando Smile e se juntando a outra banda chamada Humpy Bong. Um abatido May e Taylor são então visitados nos bastidores pelo tímido Bulsara, que se oferece para se tornar seu novo cantor. Eles são céticos sobre este estranho, com os dentes do fanfarrão, até que Bulsara começa a cantar. Com a adição do baixista John Deacon e Bulsara mudando seu nome para Freddie Mercury, o grupo que antes era Smile se transforma no recém criado QUEEN.
Essa cena do filme é a versão abreviada do Smile. Eles duraram apenas dois anos e fizeram apenas algumas gravações, mas essa banda lançou as carreiras profissionais de May e Taylor - uma colaboração e amizade que ainda continua cinco décadas depois. Mais importante, a saída de Staffell criou uma abertura para Mercury, que viu Smile como o veículo ideal para suas ambições musicais.
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INÍCIO - A
história do Smile começou em 1968, quando dois amigos Brian May,
guitarrista, na época um estudante de graduação em física no Imperial College
de Londres, e Tim Staffell, cantor - baixista e estudante da Ealing College of
Art decidiram formar uma banda. Ambos já haviam estado em outra banda chamada
1984. Eles então colocaram um anúncio no Imperial College, aonde
estudavam, procurando um baterista ao estilo de Ginger Baker e Mitch Mitchell.
O estudante de odontologia Roger Taylor respondeu, embora seu perfil estivesse
mais próximo de Keith Moon. Mesmo assim, ele impressionou May e Staffell, que
logo o integraram ao grupo.
De
acordo com a biografia de 1992, Queen: As It Began, esse anúncio chamou a
atenção de Roger Meddows-Taylor, que estava em outra banda na época, chamada
Reaction e estudava no London Hospital Medical School para se tornar um
dentista.
"Eu reservei uma sala em um
clube de jazz [no Imperial College] e Roger trouxe seu kit", lembrou May
no documentário da Queen of Days, Days of Our Lives. “Eu trouxe uma guitarra e
foi a 1a vez que tocamos juntos. Algo aconteceu. Nós pensamos: "Hmm,
há algum tipo de som especial nisso." Eu acho que nós meio que tivemos o
mesmo som em nossas cabeças. ”
"Brian nunca havia conhecido ninguém antes que pudesse afinar a bateria", lembrou Taylor em 2002 (como citado no livro Queen's Mark Is a This Real Life?) "Ele nem sabia que você podia afinar uma bateria. Guitarrista típico! Mas ele e eu "linkamos" imediatamente. Seu tocar foi lindo ”.
"Brian nunca havia conhecido ninguém antes que pudesse afinar a bateria", lembrou Taylor em 2002 (como citado no livro Queen's Mark Is a This Real Life?) "Ele nem sabia que você podia afinar uma bateria. Guitarrista típico! Mas ele e eu "linkamos" imediatamente. Seu tocar foi lindo ”.
O trio foi batizado
de Smile ( durou cercada de 18 meses, dentro do gênero hard rock e rock
psicodélico.) Logo formado, o trio começou a dar concertos, abrindo shows para
Pink Floyd no Imperial College e em 1969 para a banda Yes. Chegaram a gravar
uma demo com 6 faixas pela Mercury Records Nas faixas havia composições de
Brian e Tim.
Enquanto frequentava
a Ealing Art College, Tim Staffell tornou-se amigo de Farrokh. Ainda em 1969, Freddie foi apresentado por Tim a Roger e Brian, se
tornando parte do círculo de amizades do Smile. Freddie acompanhava
o trio em várias apresentações e gostava da banda, apesar dela em geral não chamar
muito a atenção de quase ninguém.
Sentia que seus gostos eram compatíveis com
os do Smile e tornou-se um grande fã. O pessoal do Smile também ia de vez
em quando assistir as apresentações de Freddie. Eles achavam o estilo glam de Freddie foi considerado peculiar pelos instrumentistas, e embora
o considerassem um pouco afeminado por pintar as unhas, sua personalidade
imperativa era tida como cativante.
Freddie e os outros membros do Smile se deram
bem e até dividiram um apartamento juntos em Londres, fato que fez os demais o
conhecerem melhor, principalmente em relação às suas habilidades de canto e
piano. Assim
a vontade dele de ser o vocalista daquele grupo ficava cada vez mais
crescente. Freddie não era tímido em oferecer suas
opiniões sobre a música ou o visual da banda. "Ele sempre dizia:"
Vocês são brilhantes! Mas você deve fazer isso, e aquilo lembrou mais
tarde, um dos amigos da futura banda Queen no documentário: Days of Our
Lives.
Nesta época e
paralelamente, Freddie também chegou a integrar outras bandas. Em 69, por ex.,
Freddie fundou a Ibex, depois nomeou-a de Wreckage, mas que não durou muito
tempo. Depois integrou o grupo Sour Milk Sea. Em todos os conjuntos dos quais
fazia parte, era exigência cantar blues, mas as influências de
Freddie eram bem mais ecléticas.
O Smille até teve um logotipo com enormes
lábios sorridentes e dentes grandes desenhados por Staffell e que
antecederam o famoso logotipo dos Rolling Stones em alguns anos. A banda ensaiou durante o outono de 1968. Por conta de Staffell, o primeiro show da ocorreu em 26 de outubro daquele ano no Imperial College, abrindo para o Pink Floyd, embora Chris Smith, um tecladista que havia tocado brevemente com o Smile, acreditasse que o show de estreia da banda era em apoio aos Troggs.
De qualquer forma, a maioria dos shows da banda na época aconteceu no Imperial College e na cidade natal de Taylor, Cornwall. O maior show do Smile naquele momento aconteceu em fevereiro de 1969, como parte de um show beneficente para o Conselho Nacional da Mãe Solteira e seu Filho, no Royal Albert Hall; o projeto também incluiu a Bonzo Dog Band, o Spooky Tooth, o Joe Cocker e o Free.
O ESTILO DA BANDA: O som do Smile surgiu
do blues e rock progressivo de colegas como Cream, Jimi Hendrix Experience e
Procol Harum. "Acho que o Smile queria ser rock pesado", disse
Staffell mais tarde, citado em Is This the Real Life? "Mas também houve
uma pressão para tentar fazer com que parecesse virtuoso." Além de fazer
covers de artistas como Tim Hardin, Tommy James e os Shondells, os membros do
Smile também escreveram músicas originais, tanto individualmente como em
conjunto.
Com a ajuda de um
amigo de Taylor, uma fita da música do Smile acabou nas mãos do executivo da
Mercury Records, John Anthony (que mais tarde iria coproduzir o auto-intitulado
álbum de estreia de 1973). Quando o chefe de Anthony, Lou Reizner, viu a banda
se apresentar em Londres em abril de 1969, ele assinou com o Smile um contrato
único para o mercado americano.
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Na primavera de
1970 Tim Staffel se cansa de dar
concertos em clubs pequenos e deixa a banda. Brian e Roger no entanto quiseram
seguir adiante e colocam o amigo Freddie para ser o vocalista. Freddie Bulsara
então troca seu nome para Freddie Mercury (Mercurio, mensageiro dos deuses, e
também um mineral própirio do signo do vocalista: Virgem).
Nesse meio tempo o
grupo passou a procurar por um baixista profissional até encontrarem Mike Grose
que ficou no Smile, que passou a se chamar Queen, entre abril a agosto de
1970, quando Grose deixou o recém
batizado Queen. Mais tarde no começo de 1971, o baterista Roger Taylor conheceu
o jovem baixista John Deacon numa discoteca e contou que a sua banda havia
perdido o baixista recentemente e que varias tentativas de se arrumar um não estavam dando certo até então, então eles o convidaram para um
teste. Deu certo e assim John passou a integrar o Queen,
Em 2018, o Smile se reuniu novamente e foi para o Abbey Road Studios em Londres
para revisitar “Doing All Right” para a trilha sonora do Bohemian Rhapsody.
Isso marcou a primeira vez em cinco décadas que qualquer gravação do Smile foi
lançada oficialmente. Tim relembra: - “Brian me convidou para cantar o vocal e
tocar o baixo como fiz todos esses anos”, disse Staffell “Foi um esforço híbrido - Brian, Roger e eu
contribuímos. Nós não reencontramos a banda. Os elementos foram tocados em
diferentes momentos e compostos no estúdio depois. O desafio era usar técnicas
modernas: o som de 69, mas com maior fidelidade de 2018. Acho que
fizeram um ótimo trabalho.
Embora o Smile nunca
tenha alcançado muito sucesso, não há como negar o papel crucial da banda na
história do Queen. Olhando para trás, para a experiência do Smile, May disse a
Mojo em 2017: “Parecia que havia uma parede impenetrável entre nós e as bandas
que estavam fazendo o trabalho. Nós nos sentimos impotentes. Mas acho que ai
tivemos um início da crença em nós mesmos, Roger e eu
OUÇA AS GRAVAÇÕES DO SMILE
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