Álbum tido como polêmico, controverso, diferente, que gerou muitas criticas negativas e pouco exito comercial. Há quem ame, e quem odeie. Assim foi o impacto ao ouvi-lo 1a vez - O Que é isso, é Queen? O que fazem tocando toda esta dance music comercial? Como encara-lo?
Hoje devido a mudanças na visão e concepção da musica em geral, muitos jovens se aproximaram mais do Queen por esse estilo e passaram a gostar desse álbum, achando que tem a ver com a musica atual. Mas ainda, fãs tradicionais e mais roqueiros, resistem !
Grande parte do impacto negativo causado pelo álbum se deve ao fato de que,
até então, o Queen não tinha nenhuma mancha muito grave em sua discografia. A
maioria de seus lançamentos eram unanimidades entre seus fãs, mesmo quando não
agradavam aos críticos, e seu sucesso de vendas era indiscutível.
Se eles já
haviam flertado com a discoteca no álbum “Jazz” (na faixa “Fun It”, de Roger
Taylor) e com a black music em “Another One Bites The Dust”, de “The Game”, desta
vez eles resolveram escancarar de vez a veia dançante.
1o ponto - a disco music
já estava dando seus últimos suspiros. 2o - o disco foi lançado sucedendo o
estrondoso sucesso do já do álbum “The Game”, o inesperado êxito da infame
trilha sonora de “Flash Gordon”, a grande vendagem da coletânea “Greatest Hits”
e do single “Under Pressure”, gravado junto a David Bowie que claro,
gerou muita expectativa.
RESUMO DA ÓPERA: a banda tentou, em vão, nadar contra
a corrente, na esperança de que pudessem surpreender a todos, lançando algo
diferente, inesperado... E não se deram bem ...
A mudança de ares musicais havia
funcionado bem no trabalho anterior, onde a banda deixa para trás o som
esmerado e super-produzido (exagerado para alguns) dos anos 70, abandonando
as sobreposições de vocais e guitarras e apostando na sonoridade simples e direta.
Chega a ser incrível, porém, pensar hoje em dia em como é que o quarteto não conseguiu perceber que uma mudança tão radical, para um tipo de sonoridade tão distante e tão mais passageira, acabaria sendo, no mínimo, prejudicial.
O Hot Space é diferente, não tem a mesma linha Queen de composição. Parece álbum de outra banda ou uma reunião de composições de albuns solos! Mas tem o seu valor, eu gosto ! Se formos pensar num Quen como uma banda de rock de vários estilos e formatos, tá dentro da proposta da diversidade musical que ele sempre fez, não é mesmo?!Também ao ouvirmos esse álbum, podemos ter a impressão e a sensação de que a banda perdeu o foco. Será mesmo? Não creio, então veremos isso ....
Chega a ser incrível, porém, pensar hoje em dia em como é que o quarteto não conseguiu perceber que uma mudança tão radical, para um tipo de sonoridade tão distante e tão mais passageira, acabaria sendo, no mínimo, prejudicial.
O Hot Space é diferente, não tem a mesma linha Queen de composição. Parece álbum de outra banda ou uma reunião de composições de albuns solos! Mas tem o seu valor, eu gosto ! Se formos pensar num Quen como uma banda de rock de vários estilos e formatos, tá dentro da proposta da diversidade musical que ele sempre fez, não é mesmo?!Também ao ouvirmos esse álbum, podemos ter a impressão e a sensação de que a banda perdeu o foco. Será mesmo? Não creio, então veremos isso ....
INTRODUÇÂO 1: À época da gravação de Hot Space, 10º álbum
de estúdio do Queen, a banda não estava bem em termos de relacionamento e
decisões criativas (embora este ainda não tenha sido o momento mais trágico
desse relacionamento). As
brigas haviam começado, por questões ainda não reveladas, no final das turnês
de Jazz e já em The Game tomava mais tempo da banda do que era necessário.Em 1980, houve o lançamento de The Game (junho) e Flash Gordon (dezembro), sendo este último o verdadeiro encontro do quarteto com os sintetizadores, utilizados em grande quantidade e estilo, algo que não aconteceria no disco seguinte
Apesar das turnês na América Latina, EUA e Japão, o clima geral entre os amigos era de “precisamos dar um tempo“. E 1981, Roger Taylor lançou o seu primeiro álbum solo, Fun in Space, o que aumentou alguns murmúrios na imprensa sobre a crise do Queen.
Em entrevistas, os músicos nunca negaram as divergências (até o caso de que John Deacon abandonou uma das sessões de gravação de Hot Space sem nem discutir e deixou um bilhete escrito “fui para Bali por 10 dias” veio à tona) e jamais confirmaram a separação, nem aqui e nem na época de The Works, quando a situação alcançaria o seu ponto mais delicado, até voltar a se normalizar em A Kind of Magic, tendo daí para frente o velho clima de camaradagem entre o quarteto, todos unidos na luta de Mercury contra a AIDS (algo que, até então, só a banda sabia).
Mas apesar de divergirem no campo profissional e rumos dos álbuns, eles continuavam companheiros e aceitavam colocar os egos de lado para continuarem juntos. Então surgiu Hot Space, álbum diz a história, influenciou Michael Jackson a conceber Thriller (1982)
Situação Histórica da Época - A recepção calorosa da banda na America do Sul permaneceria com eles para sempre, e todos falavam com imenso carinho sobre suas experiências por muitos anos após. May disse: “Foi maravilhoso – e nós ganhamos dinheiro”. Três milhões e meio de libras, declarados. Com tudo isso, não houve pressa para voltar ao estúdio para gravar o álbum seguinte, The Game.
O Queen tirou uma folga, exceto Taylor, que lançou Fun in Space, o 1o disco solo de um membro da banda. Foi somente em 1981 que as sessões de Hot Space começaram. E não retornaram ao Musicland Studios, porém, finalmente gravaram em seu recém-adquirido Mountain Studios.
Após o nascimento da filha de Brian, Louisa, em 22 de maio de 1981, a banda reformou o estúdio de Montreux. Quase de imediato, deram sorte. Seu engenheiro, David Richards, soube que David Bowie, outro de seus clientes regulares, estava na cidade e havia ligado para. Richards pediu a Bowie que ele fosse ao estúdio ver o que estava acontecendo.
Richards sugeriu que eles trabalhassem em algo para ver o que aconteceria. De maneira totalmente espontânea, eles, de repente, estavam compondo algo em parceria. Um espontâneo e barulhento confronto por 24 horas ininterruptas de egos inflados. Assim, Under Pressure nasceu. Enquanto a melodia de People on Streets (idéia de Roger), que com a chegada de Bowie se transformou em Feel Like, ela se transformava durante a noite em Under Pressure, Bowie “assumiu a letra da canção”. Entretanto, apesar disso, a mixagem só terminou em uma sessão adicional em Nova York, em outubro.
As
sessões foram interrompidas em setembro para os cinco dias de festa em
comemoração aos 35 anos de Freddie Mercury. Depois, a banda voltou para a
América do Sul e foram para o México. Ainda em 1981, a banda gravou pela
primeira ver um concerto, nomeado de We Will Rock You, no Forum, Montreal,
Canadá ou Queen live Montreal.
Até mesmo os outros começaram a sair e festejar muito, resultando: Brian, normalmente sóbrio, tornar-se severamente embriagado durante as sessões de gravação. Foi depois de uma noite particularmente estridente de festa que Brian, gravou o solo para Put Out The Fire e insistiu que Mack o enchesse de ecos. Nessas disputas, quase sempre May saía perdendo; sua guitarra era pouco ouvida em Hot Space.
Segundo ele: “Estávamos todos enlouquecendo [...] Era uma situação muito competitiva. Freddie estava disposto a levar a música para áreas que Roger achava que não fazia parte do mundo da banda.. e por aí afora”. Taylor e Brian realmente concordaram que Hot Space “foi longe demais na estrada” na música disco/dance.
Freddie era sempre quem fazia a mediação durante as “brigas”, apesar de suas alterações de humor, que mudava de resolvedor-de-problemas para campeão-de-chiliques. Mesmo com tantos anos passados, a banda recorda com muito pouco carinho desse período, principalmente Brian, que afirmou que este foi um período negro para eles.
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A IDÉIA DA CAPA Há várias teorias sobre a capa: talvez fosse TIRADA, E INSPIRADA EM OUTROS ÁLBUNS ! Mas será? == A banda T.REX em seu ÁLBUM " flyback " dos anos 70, talvez trouxesse a inspiração para a arte final. vai saber...
Tem também o álbum “Let It Be “ dos Beatles. Mas isso pode ter sido uma coincidência. Mas A IDÉIA FINAL da obra de arte ainda é considerada original e moderna, muito pop, que resume os conceitos pop-dance do álbum que é muito diferente dos outros álbuns do Queen. Dizem também que as cores escolhidas, foram inspiradas no jogo GENIUS, um jogo eletrônico muito popular na época !
obra em que Freddie se inspirou para capa do Hot Space
A sugestão de Freddie era apresentar uma imagem gráfica de cada membro da banda em seu próprio quadrado colorido. A capa foi dividida em 4 partes de cores fortes e em cima de cada cor foi estampado o rosto de cada um dos integrantes em outra cor contrastante, ganhando um contraste radiante de cores!
Cada parte de tinta desta obra é presa a uma ilustração normal com uma sobreposição de acetato, que funciona como papel vegetal com corte preciso e construções frágeis com cada membro da banda sendo único em tamanho e estrutura.
Dá uma impressão de que os rostos foram feitos com carimbos coloridos. Esses rostos também foram impressos na capa de dentro: agora um fundo negro ressalta os rostos.
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A Gravação: Com o álbum The Game, de 1980, o Queen conseguiu seu 1o álbum número 1 nos EUA - e com o seu sucessor, Hot Space, eles foram lembrados de que, uma vez chegando ao topo, não há para onde ir, a não ser para baixo.
A banda estava de volta às lojas de discos antes do final de 1980, com a trilha sonora de Flash Gordon, mas o próximo LP levaria mais tempo para ser desenvolvido. Não foi antes de maio de 1982 - quase dois anos depois de lançar o The Game - que eles retornariam com seu 10º álbum de estúdio. Como o guitarrista Brian May admitiu, a gestação um tanto demorada do álbum teve muito a ver com a dinâmica criativa da banda na época.
"Todos nós acabamos em um lugar que não era nada saudável. Um período difícil. Não estávamos nos dando bem juntos. Todos nós tínhamos agendas diferentes. Foi um momento difícil para mim, pessoalmente - alguns momentos sombrios."
Com desentendimentos artísticos, os membros da banda passaram por uma mudança no processo de gravação, trabalhando aos poucos no estúdio, em vez de se concentrarem como um quarteto.
Mas por mais difícil que tenha sido chegar a um consenso criativo, eles ainda conseguiram seguir em frente, tentando aperfeiçoar seu som e estabelecendo uma versão do Queen que rompia com seus álbuns de sucesso do passado. Com o Hot Space, o grupo mexeu com sintetizadores e batidas dance, contando com arranjos extras e instrumentos de sopro para entregar as músicas, ao invés da potência sonora que ajudou a torná-los superestrelas em todo o mundo.
Ainda assim, essa evolução específica provou ser um passo longe demais para um grande número de fãs e críticos; saudado com críticas mornas, provou ser uma decepção comercial, chegando ao 4º lugar no Reino Unido e não conseguindo entrar no Top 20 nos Estados Unidos. Enquanto o primeiro lançamento do álbum, "Body Language", provou ser um sucesso médio em ambos os lados do Atlântico, os singles subsequentes falharam em alcançar ou aumentar esse impulso inicial.
"Nós nunca tentamos atender ao que sentimos que as pessoas querem. Muitas pessoas querem ouvir uma repetição do que gostaram no passado, mas isso seria a morte para nós. Isso é realmente injusto, porque nós mudamos muito." - "Não ficamos muito desapontados", insistiu o vocalista Freddie Mercury. "Mas estamos convencidos o suficiente de que a música não é menos popular, e estamos preparados para lutar e mostrar que não é."
Essa luta acabou tendo vida curta. Pela própria admissão dos membros da banda, seu próximo lançamento, The Works, de 1984, foi uma espécie de recuo calculado - um esforço consciente para entregar algo que os fãs realmente gostassem.
E funcionou, preparando o cenário para um renascimento das vendas no Reino Unido, que produziu quatro consecutivos álbuns nº 1 e previu o improvável retorno mundial ao sucesso que eles desfrutariam no início dos anos 90, a era do Hot Space seria vista como uma época confusa para o Queen.
"Estamos sempre indo em quatro direções diferentes, sem saber direito onde está a posição de equilíbrio. Lutamos para chegar a um formato razoável para o Hot Space, então decidimos avançar em uma área muito rítmica e esparsa, disciplinando todas as indulgências que estávamos acostumados a fazer", explicou May em 1984.
"Sentimos que nossos fãs iriam interpretar isso como outro experimento. Mas descobrimos que tínhamos pulado fora (finalmente!) do tipo de música que as pessoas achavam que poderiam esperar de nós."
"Hot Space foi um erro, mesmo que apenas em termos de timing", May refletiu em 2014. Embora tenha recusado rotular o trabalho como o pior álbum da banda, ele acrescentou: "Fomos muito a fundo no funk e ficou bem parecido com o que Michael Jackoson estava trabalhando.
LEIA PARTE 2 == UMA INTERESSANTE ANÁLISE DO ÁLBUM E AS FAIXAS POR FAIXAS
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