A ETERNIZAÇÃO DE UM ÍCONE E
DESPEDIDA DE FREDDIE
DESTE MUNDO…
Tudo tem um começo e um fim, o Queen clássico, de Freddie, John, Roger
e Brian infelizmente termina aqui. O próximo Made In Heaven foi concluído após
a morte de Freddie Mercury, então foi o último trabalho realizado pelos quatro
componentes juntos é Innuendo.
Durante as gravações, Freddie
e os outros sabiam que o cantor fenomenal estava saindo. Isso levou a comporem um belo disco,
certamente o melhor dos últimos anos.
Verdadeira obra-prima, com sons mutáveis, às vezes sombrios, melancólicos, outros frescos e quase alegres.
O que permanece constante ao longo do trabalho é a consciência de
jogar a última carta, de selar uma carreira emocionante com um último excelente
afresco. Não que eles quisessem provar
alguma coisa e isso nunca os preocupou, mas sim para dar a si mesmos e aos fãs
um fim digno de sua vida, digno desse nome, das multidões intermináveis que
compareceram em seus shows, dignos de músicas que se tornaram história e
tiveram sucesso da melhor maneira.
Nada é deixado ao acaso, todas as notas, todos os sons e todos os
sussurros são estudados em detalhes. Mas isso não faz com que o Innuendo seja
frio e desapegado, mas se torna perfeito.
Freddie estava exausto, a AIDS o estava destruindo na aparência,
mas não afetou drasticamente sua voz. Assim, o som é mágico em todo o álbum
encantando milhões de amantes da música.
Neste álbum temos o canto de cisne de Freddie, e a
despedida de Queen original. A banda havia recuperado milagrosamente sua qualidade
no ábum anterior, continuando os preceitos do The Miracle. Sobre tudo temos que
aplaudir a Freddie: a entrega para este trabalho que ele demonstrou é algo
admirável.
Estava debilitado pela Aids, cada vez mais fraco, consciente de que
eram seus últimos momentos, e mesmo assim continuou crescendo com sua música,
compondo novas canções, cantando com mais convicção que nunca. É paradoxal que
justo o Queen, um grupo tão popular, forte, teatral e eclético, tivesse o final
mais dramático de todas as bandas de rock. Justo eles, com sua maquiagem, suas
óperas, seu canto forte e o lado pop e seus disfarces, tivessem que atravessar
um momento tão duro, e sair para dar a cara.
É por isto que Innuendo sempre tem uma grande carga
emocional embutida! Muito parecido com Blackstar, último álbum de Bowie, ouvir
Innuendo não é se confrontar com a tristeza de um homem com a morte próxima.
Em
vez disso, o álbum sai como trabalho de um artista que apesar de muito doente
prometia “continuar a trabalhar até não poder mais”, como Mercury já citou e
mostra nas músicas do álbum. De muitas maneiras, Innuendo parecia ser uma
continuação triunfante do retorno às raízes dos anos setenta (início hard rock
do Queen), que começou em 1989 com o subestimado The Miracle.
CONCLUSÃO - É triste sim esse último trabalho, mas sem dúvida tem uma mistura de perseverança, de amor ao que se faz, de dar tudo até o fim, é um exemplo comovente. É lindo quando podemos enxergar beleza nisso tudo. É uma prova de resiliência e acima de tudo uma prova de amor pelos fãs. A banda unida transformou toda a dor daquele momento em uma linda arte para nossa apreciação. Sem dúvida, um presente!
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CONCLUSÃO - É triste sim esse último trabalho, mas sem dúvida tem uma mistura de perseverança, de amor ao que se faz, de dar tudo até o fim, é um exemplo comovente. É lindo quando podemos enxergar beleza nisso tudo. É uma prova de resiliência e acima de tudo uma prova de amor pelos fãs. A banda unida transformou toda a dor daquele momento em uma linda arte para nossa apreciação. Sem dúvida, um presente!
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ESTILO - Quanto ao estilo geral na concepção das faixas, o álbum está próximo de 2 dos grandes álbuns da banda — A Night at the Opera e A Day at the Races — Alguns dizem que Innuendo pode ser também uma continuação e um irmão do The Miracle, em estilo e concepção.
Em Innuendo Freddie canta melhor que nunca. Nos deixa algunas de suas performances vocais mais poderosas, honestas e comovedoras de sua carrera. O álbum também mostra o amadurecimento do Queen após tantos anos em atividade, em um disco que, enfim, não conta mais com tantos elementos do pop sintetizado da década de 1980.
Apesar de melancólico em alguns momentos, é trabalho mais que roqueiro, explora, sem exageros de vertentes desconexas ao rock, tendo até temas mais complexos e pesados.
Recepção: teve boas criticas e foi recebido pelos fãs como um super álbum, o melhor dos anos 80. como era de se esperar. Innuendo permaneceu no 1o lugar das paradas inglesas por 2 semanas, além de outros países: Itália (3 semanas), Holanda (1 mês), Alemanha (1 mês e meio) e Suíça (2 meses).
Nos EUA, país que o Queen abriu mão a partir de determinado momento da carreira, apenas uma 30ª colocação nos charts da Billboard. Não ter uma turnê de divulgação, naqueles tempos, prejudicava um pouco.
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Gravações: se iniciaram em Março de 1989 a Novembro de 1990 e foram intercaladas a momentos sem gravarem nada com o Queen. Os estúdios usados foram o Metropolis Studios, em Londres, e Mountain Studios, em Montreaux . Isso foi chamado de ''Innuendo sessions''. As sessões de estúdio que junto com as sessões para este álbum Queen mostram com maestria que eu não ouço o Queen, mas eu sinto o Queen!
A ideia inicial era para que “Innuendo” fosse lançado no fim de 1990 para assim, aproveitar a época de Natal para alavancar suas vendas. Porém, em função da fragilizada da saúde do vocalista Freddie Mercury as gravações ocorreram mais lentamente, e o disco foi lançado em fevereiro de 1991. As músicas estão assinadas por todos os integrantes, estão creditadas ao QUEEN e assim que devem ser encaradas.
Alguns dizem que essa ou aquela música foi escrita por Roger ou Brian, mas todas musicas não tiveram somente o dedo do Mercury, mas a mão inteira de todo o grupo na sua criação. Além da emoção viva e palpável que podemos perceber na voz de Mercury nas canções desse álbum, não nos deixa por uma questão racional, creditar esta ou aquela canção a somente a um dos integrantes da Banda.
Esse álbum foi obra do QUEEN, os 4 integrados para a criação, assim como procederam na época de The Miracle, que aliás fazia pouco tempo que havia sido lançado e ainda estava na criação de clipes promocionais para The Miracle na época em que já trabalhavam em Innuendo. Freddie Mercury chegou a pensar depois de The Miracle ir trabalhar em mais um álbum solo mas não deu... Para ganhar tempo, Brian e Roger chegaram a doar alguns temas que foram compostos para a carreira solo de cada um para o Queen pois precisavam de composições o mais rápido possível para Freddie gravar.
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CAPA DO ALBUM - As capas externas e internas desse álbum trazem ilustrações inspiradas no desenhista Gerad Grandville (que viveu de 1803 a1847), em vez da foto dos integrantes. Também as capas de singles lançados usaram ilustrações desse artista. Mas como veio a idéia?
Roger Taylor estava olhando um catálago de litrografias , e nele haviam trabalhos de Grandville. Nesse instante Roger as mostrou a banda e perceberam que este artista era a alma do album no que diz respeito a sua promoção gráfica. Então Grandville foi assim escolhido o artista do album Innuendo, ultimo de Freddie Mercury em vida.
Grandville foi um caricaturista e ilustrador na Francês, nascido em 1803, vindo a falecer de forma trágica em 1847. Seus trabalhos são sátiras diretas a politica e ao ser humano. Em suas litrografias ele desenha animais e homens numa mistura que cria aberrações ou comportamentos animais sendo vistos como superiores ao do ser humano. Suas gravuras possuem a grande habilidade de alterar o cotidiano levando-o a uma lado ''fantastico e fantasioso''.
Em 1847, um de seus filhos morre ao seu lado sufocado por um pedaço de pão. Ele nunca mais se recupera. Grandville (ou Gérard Grandville) , morre nesse mesmo ano no asilo psiquiatrico em Vanves, aos 40 anos.
Considerado precursor e vanguardista do Surrealismo posterior fundado pelo poeta Andre Breton.( pesquise sobre Salvador Dali para saber mais desse movimento ).
Uma informação que poucos fãs do Queen conhecem é que o nome do quadro de GrandVille usado para a capa do album Innuendo é THE JUGGLER OF WORLDS, o quadro foi feito como uma sátira a possibilidade de Deus criar um universo em harmonia suprema.
Este quadro foi adaptado para a capa de Innuendo,.Em vez de uma estrela de 5 pontas que cada ponta tem 2 outras pontas abertas caídas em direção ao homem no canto e que está com os braços a se defender, no desenho do álbum foi trocada por uma banana .. idéia de Freddie.
Litrografias de GrandVille em movimento (animadas) tambem foram colocadas no clipe oficial de Innuendo de 1991.As ilutrações de dentro do encarte do album são adaptações ao estilo de Gérard feitas por uma artista chamada Angela Lumley exemplo as pinturas que representam cada integrante da banda com suas respectivas características como cobras. gatos.
Video - um pouco das ilustrações desse grande artista. Entre os desenhos, poderão encontrar aqueles desenhos usados nas capas do Innuendo e nos discos dos singles.
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