THE MIRACLE - O ÁLBUM FAIXA POR FAIXA (parte 2 )
Parte 1 ( no link ) - o álbum e suas características
PARTY e KHASHOGGI'S SHIP - 1ª e 2ª faixas - Essas
duas primeiras faixas do álbum estão interligadas, sem intervalo. A faixa Party
que é a 1ª do LP. não tem um fim, propriamente dito, pois está ligada a
Khashoggi’s Ship, sem a qual parece incompleta. Não era a primeira vez que o
Queen realizava esse tipo de truque de ligar canções por um fade rápido ou
integração de melodias ao final, (nos 1os álbuns do Queen, em 73 e 74, isso
está bem presente e de forma bem clara).
Mas aqui no “The Miracle”, a interação
está mais no plano da letra, que no caso tem a mesma temática e se completam
como se fosse um texto só. Mas o recurso de interligação das duas 1as faixas
funcionou igualmente muito bem no plano musical. Muitos críticos (e fãs também)
dizem que essas duas musicas estão na lista das composições infelizes da banda,
que a letra não tem conteúdo e a melodia não acrescenta nada a uma banda que
tem produzido grandes e inigualáveis composições. (mas nem todos concordam).
ENTENDENDO A TEMÁTICA: Não faltou polémica,
muito menos tratando-se de Freddie, que participou de uma festa realizada em um
dos barcos do multimilionário Adnan Khashoggi. Daí os títulos das musicas:
Party,(festa em português) e Khashoggi’s. Pegando a tradução dessas duas
composições, podemos então junta-las e imaginar um pouquinho do que teria
rolado nessa super badalada “party”. Essas composições nunca foram apresentadas
ao vivo !
1) “PARTY”
- Uma composição sintonizada com o estilo e ritmo da época, os anos 80. Com uma
estrutura simples e poucas notas, deixa em evidência sua expontaniedade, sendo
realizda em uma espécie de improvisada jam session. O título também quer dizer:
união da banda para toca-la e grava-la como numa festa animada com
improvisações musicais e muita espontaneidade. Na Introdução: duas voltas de
bateria eletrônica são as 1as coisas que ouvimos no início desse álbum. Faixa
concebida em uma brincadeira entre Mercury, May e Deacon durante os ensaios
antes da gravação. Aos poucos, a letra foi desenvolvida pelos três, com adições
de Taylor no final do processo. Uma musica dançante e muito leviana, mas que
segue sendo interessante por contar com una percussão bastante heterodoxa, uma
melodia com harmonias vocais bastante ricas porem estranhas, mais originais. A
1a faixa não tem um final sendo emendada a 2ª, Khashoggi’s Ship.
2)
KHASHOGGI'S SHIP- (título: barco grande (ship) deKhashogg)
curiosidade:
A letra refere-se ao bilionário comerciante e distribuidor de
armas saudita Adnan Khashoggi, que possuía um estilo bastante luxuoso. A música
menciona o seu suntuoso iate "Nabila" construído por uma empresa
italiana que apareceu no filme de Never Say Never Again de James Bond. O iate
foi depois adquirido por Donald Trump, que mudou o nome para "Trump
Princess" em homenagem à Ivana Trump. O iate sofreu uma extensão de 50
metros. Depois do divórcio dos Trump, o iate foi vendido para um empresário
saudita, o Principe Alwaleed Bin Talal Alsaud, sobrinho do rei Fahd da Arábia
Saudita. Atualmente está ancorado em Cannes, no sul da França, com o nome de
"Kingdom 5 KR". --
ESTILO - a faixa Khashoggi’s Ship começa com o poderoso
vocal de Freddie explodindo em 'Who said that my party was all over?'. É, aqui
já encontramos um rock n' roll direto ao ponto com um bom riff na guitarra. E
não tem muita enrolação não. Se trata de um rock tentando se aproximar ao velho
estilo com uma explosão roqueira bastante estrondosa no final.
Foi a mais
próxima que o Queen compôs que se aproximou ao Glam Metal, dos anos 80. A
canção é simples mesmo, sua letra musical é como se fosse uma continuação de
'Party' e de uma riqueza poética bem caprichada e até irônica ...(se é que me
entendem, rsrs).... composta inicialmente por Freddie e os demais contribuíram
para o restante da letra e melodia. se tivesse em lp do Brian solo ela não pareceria tão
estranha como muitos acham - de certo modo é um rock forte no final das contas.
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3)THE MIRACLE - 3º faixa que dá título ao LP. Talvez se trate de um “desabafo”, em uma utopia e reflexão de Mercury, que volta a ser tematicamente trabalhado no encerramento do álbum com Was It All Worth It. Uma espécie de balada surgida principalmente das ideas de Freddie ao piano. Um ponto alto do álbum. Essa grande canção, diferente de 'Khashoggi's Ship', possui uma letra bem criativa, interessante e bem trabalhada. A música fala sobre a celebração do triunfo da vida, os “milagres”: Tudo o que acontece na Terra é um milagre, desde Jimi Hendrix até a torre de Babel. Que o milagre restante é que todos os homens se amem, que queiram o fim das guerras e a paz na Terra.
É algo ingênuo, sim, mas parece que Freddie não quis ser menos que Lennon, ou Roger Waters. Também quis deixar uma mensagem séria antes de morrer, e isso soa bem sincero.
No inicio parece que estamos ouvindo pesadas gotas de chuva caindo, resultado de um bom uso de sintetizador imitando cordas dedilhadas (pizzicatto) e que logo ganha os vocais de Mercury um pouco mais agudos que o normal — não que isso seja algo negativo, apenas um fato, que contrasta, por exemplo, com o timbre um pouco mais rouco que o normal que Freddie teria em Innuendo (1991) já como consequência da doença avançada.
É possível ver o trabalho peculiar da banda em fazer arpejos que destaquem cada palavra “miracle” pronunciada. Os versos começam com sílabas tônicas e notas normalmente mais altas vão ficando mais graves, criando um efeito propício para encaixe harmônico do coro e adição de trechos de bateria e piano que tornam a voz de Mercury ainda mais forte.
A melodia é celestial que emociona a qualquer um. Os arranjos circenses dos sintetizadores são uma cota de criatividade inesperada e o solo de Brian é curtinho mas “lindinho”. Há uma mudança de ritmo genial, onde Mercury e a banda coloca o “broche final” com essas melodias vocais que nos acompanham até o final da cancão. A banda então se despede com uma sessão de hard-rock acelerada e violenta.
O CLIPE: O clipe teve uma concepção bastante especial. Foram contratados 4 garotos representando cada membro da banda. Esses jovens na maior parte da canção (que é um tanto longa) fizeram uma performance imitando o Queen tocando. A banda original aparece integralmente apenas na parte final, tocando juntamente com as crianças, atitude que reforça a mensagem da letra e parece que destaca as mudanças de ritmo e estilo que a própria faixa possui (a alternância de gerações, gostos e sentimentos). Um dos clipes mais ternos e mais interessantes do quarteto da rainha. E para quem tem curiosidade, aqui o nome dos garotos: Paul Howard (como Brian May); James Currie (como John Deacon); Adam Gladdish (como Roger Taylor) e Ross McCall (como Freddie Mercury), em quatro “encarnações” diferentes. The Miracle convenceu. Talvez Freddie também esperasse por um milagre. Está na lista das melhores canções de Freddie, de acordo com Brian May.
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4) I WANT IT ALL - Começa I Want It All e voce agradece aos céus. É uma autêntica faixa de Hard Rock e a mais conhecida do álbum. Ela começa já arrebentando com o vocal potente e envolvente desde seu início. E que voz rouca é essa desse tal vocalista, rsrs no maior estilo heavy metal? Essa é uma canção totalmente heavy metal e atire a primeira pedra quem disser que não é. É pra deixar qualquer''James Hetfield'' no banquinho... Aqui a banda retorna a eletricidade com toda a fúria armazenada. Ela começa com um riff infernal, selvagem e diabólico. Os versos com violão são grandes, e a melodia no refrão é clássica e marcante. Ouça a essa seção do meio com várias pequenas mudanças de andamento, até que se volta para o pré-chorus.
Por um momento, a banda está em silêncio e o precioso canto de Freddie começa com sintetizadores simulando uma harpa ou algo assim. Lindoo! Mas ela rapidamente retorna com toda a artilharia, e antes mesmo do esperado,
Brian nos lança um solo virtuoso aceleradísimo, muito pesadíssimoo, violentíssimoo e tudo "ísimo" que se pode pensar, em um momento muito furioso e excitante. Nessa época, o rock mais 'hard' estava nas alturas. Bandas 'novatas' como ''Guns N Roses'', ''Metallica'' e outros mais roubavam a cena com um rock n roll mais direto ao ponto. Quem disse que o Queen ia ficar de fora?
Essa porrada chamada 'I Want it All' não tinha receitas de heavy metal, hard rock. Era o Queen sendo Queen e fim de papo. Brilhantismo único !I Want It All, possui duas versões, a do clipe musical e a do disco, que é um pouco mais longa. A versão do LP não tem a introdução a capella com as várias vozes, mas tem um solo extra e uma sessão metaleira, ausente na versão do vídeo. A faixa é uma das poucas que já estavam escritas antes da banda entrar no estúdio (composição de Brian May), mas como todas as outras, foi creditada ao Queen. A letra foi inspirada em uma frase que a atriz e cantora Anita Dobson, futura esposa de Brian May, costumava dizer: “I want it all, and I want it now!“.
À época, o guitarrista passava por inúmeros problemas com seu primeiro casamento, que acabou chegando ao fim durante as gravações de The Miracle. O fim do matrimônio aconteceu devido ao escândalo altamente coberto pela mídia que comentava sobre o relacionamento do músico com Anita Dobson. A letra acabou sendo um grito por liberdade e foi utilizada como uma espécie de hino nas manifestações anti-apartheid na África do Sul e nas manifestações pelos direitos da comunidade LGBT. A variedade de blocos com estrofe, coro, ponte instrumental e os excelentes solos de guitarra de Brian May (segundo o próprio guitarrista, ir ao estúdio nesse período era “a única cura para a depressão que ele tinha”) tornam I Want It All uma fácil canção de arena, uma das grandes melhores coisas gravadas pelo Queen, com toda a essência da banda nos anos 80 e muitas (muitas mesmo!) nuances da fase pré-Jazz de sua carreira.
5) THE INVISIBLE MAN - O 1o lado termina com The Invisible Man, composição de Taylor inspirada no livro O Homem Invisível, de H.Geoge. Wells. Aqui os sintetizadores atacam com força total, mas não minimizam nada da canção, que é um rock eletrônico de qualidade. Possue uma melodia simples, ritmo rápido, pop e com pitadas de Funk. um bom rifft de baixo pegadissimo de Deacon e um solo genial de Brian. Roger canta a frase do título e o refrão. A voz de Freddie já se encontra um pouco mais fina que a normal, mesmo assim surpreende. Quero ver quem vai entender.. 'Freddie Mercury'.'John Deacon'. 'Brian May, Brian May'. 'Rrrrrrrrrrrrrrroger Taylooooor'.rsrs,
Tem uma letra que vem sendo interpretada de muitas forma ao longo dos anos, desde a sua exposição literal, dentro da ficção científica, até as possibilidades inesgotáveis de interpretarmos quem é o “homem invisível” de quem a música fala. Dependendo do ouvinte, a faixa pode referir-se de minorias da sociedade até o próprio ser humano em relação às instituições e outras coisas que ele mesmo criou. Outra faixa que acertaram no videoclip que se encarregou de realizar seu valor. A banda estava na época da explosão dos jogos de computadores e mais. E digamos que não se pode entender esse LP sem assistir e analizar os videoclips.
O álbum The Miracle não é uma experiencia sonora mas também visual, pelos los notaveis vídeos com que a banda promoveu esse álbum. Agora, um interessante cover: Uma musica que originalmente é quase um rock eletronico e bem pop, com o uso intenso do sintetizador se transformou em uma interpreteção super acustica, com voz e violão ! https://www.youtube.com/watch?v=8MMHWGjDsvI
6) BREAKTHRU – Bem vindos à estação ''Breakthru'' 6ª faixa. do LP. Outra de Roger: rápida e energica. Seguindo a ideia de Don't Stop Me Now, a musica comeca com uma introdução brilhante e bela a “capella” que termina gritando "Now”, palavra chave para que a banda enfim começe seu ritmo! Essa introdução veio de uma ideia de Freddie de uma balada inacabada que ele compôs ao piano chamada “A New Life Is Born” que pode ser achada no You tube. Em vez de descartá-la, achou que seria útil em ocasião oportuna. E foi.
Melodía fantástica com coros sensacionais, arranjo de órgão, bateria e contrabaixo eletrônicos, porém, bem utilizados. O caráter mais melancólico da composição, alternado com diversos momentos de tons maiores e alegres, torna a faixa uma espécie de viagem com uma letra otimista e romântica. Breakthru" uma canção que foi até criticada na sua época e depois com o tempo conseguiu a importância e o valor que merece.
A composição tem contra baixo pegadisso, divertido e discotequeiro de John Deacon correndo solto. E o maior baixista do mundo sabe muito bem como transformar o simples em algo grandiosíssimo. Lembremos seu contra-baixo inconfundível de 'Under Pressure' e 'Another One Bites the Dust' e 'Dragon Attack'. E em 'Breakthru', John Deacon transporta seu contra-baixo do inicio até o fim da canção com muita leveza. Talvez simples, mas grandioso. Esse baixo faz a composição ser valorizada ainda mais e ganha a canção por completa. O solo de contra-baixo que John faz pouco antes de iniciar o solo de guitarra de Brian é espetacular. John e sua simplicidade única, até nos grandes acordes de seu contra baixo. ObrigadoJohn.
A composição tem contra baixo pegadisso, divertido e discotequeiro de John Deacon correndo solto. E o maior baixista do mundo sabe muito bem como transformar o simples em algo grandiosíssimo. Lembremos seu contra-baixo inconfundível de 'Under Pressure' e 'Another One Bites the Dust' e 'Dragon Attack'. E em 'Breakthru', John Deacon transporta seu contra-baixo do inicio até o fim da canção com muita leveza. Talvez simples, mas grandioso. Esse baixo faz a composição ser valorizada ainda mais e ganha a canção por completa. O solo de contra-baixo que John faz pouco antes de iniciar o solo de guitarra de Brian é espetacular. John e sua simplicidade única, até nos grandes acordes de seu contra baixo. ObrigadoJohn.
O CLIPE: Os arranjos feitos para essa música vão quase ao ritmo que lembra um trem, no qual inspirou seu correspondiente video promocional. O clipe gravado em um trem mesmo, veio bem a calhar, e está entre aquelas “canções de estrada” que Roger Taylor compunha tão bem. Impossível escutar a canção e não se lembrar do simpático trem "The Miracle Express" com os componentes a bordo interpretando e tocando, e um Freddie fazendo caras e bocas. A filmagem foi direta, sem dublês. E com a bela Debbie Leng protagonista do video que foi uma das esposas de Roger.
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7) WAS IT
ALL WORTH IT – O conteúdo lírico da música
chega em forma de uma questão: “Was it all worth it” – ou seja – “Será que
realmente isso tudo valeu a pena?”. A resposta aparece no decorrer da canção e
é, sem dúvida, afirmativa. Valeu a pena conquistar o mundo fazendo música. A
letra da canção também é carregada de referências artísticas, tais como “When
the hurlyburly’s done” (“Quando os ruídos cessarem”) – um trecho extraído do
ato de abertura da peça Macbeth, de William Shakespeare. Encerra o disco (apenas no vinil e K7 e a versão em CD
tem +2 faixas).
Uma obra extremamente criativa, com mescla de rock e
música clássica — rememorando A Night at the Opera — e três ciclos básicos,
cada um deles com um motivo musical diferente em destaque. Mercury ensaia aqui
o seu primeiro “adeus”, que viria em definitivo com Show Must Go On no disco
seguinte. Começa com uns sintetizadores misteriosos e intrigantes. E do nada,
explode com uma poderosa guitarra em um riff de hard-rock totalmente furioso,
roqueiro e pesado, que está na lista dos melhores riffts da banda.
A musica
desliza por uma melodia épica e fenomenal, sintetizadores brilhantes e quebras
de guitarra geniais. Uma contundente percussão (Roger utilizou gongo e
tímpanos) e parte central orquestral. O refrão é grandioso com uma melodia
linda. No meio aparecem também umas orquestrações obscuras e extravagantes
antes da aparição de novo solo de Brian bem roqueiro.
Depois chegam os efeitos orquestrais de sintetizador, inesperados e
brilhantemente criativos, antes da reprise
A faixa tem um grande impacto no
público pelo seu significado e finaliza o álbum com chave de ouro, olhando para
trás, para uma carreira e vida de altos e baixos e fazendo uma avaliação de tudo
o que se viveu. Esta cativadora composição é em realidade a historia do grupo
contada em 4 minutos. É quase uma semi-autobiográfica onde se conclue
claramente que valeu a pena tudo que se viveu !
Uma canção propícia em termos
líricos para esse momento da banda, além de ser musicalmente bem executada e
bem produzida. Uma faixa vibrante do disco e para muitos a mais memorável sem
desconsiderar "I Want It All" que é um super rock. Outra faixa que
Freddie dá toda sua alma, entrega e emoção.Um final majestoso do Queen (onde
rock e orquesta voltam a fundir-se em um maravilhoso tema) de quase 6 minutos
de duração. John declarou + tarde que era sua cancão favorita do
álbum.
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8) SCANDAL - Uma espécie de rock lento com sintetizadores
muito épicos e grandiosos. Escrita e
composta por May lembra muito o Queen no final dos anos 70. Possue uma melodia
brillante, solo de Brian com
guitarras penetrantes, muito baixo
(John Deacon é rei) com potente performance
de Mercury, que dá um verdadeiro show de resistência vocal, com muita emoção e muita entrega.
Um fato que fica ainda mais admirável quando descobrimos
que a canção foi gravada em um único take por ele e May.
Scandal não segue uma linha reta, tem até
pitadas de New Wave que exigiu o uso da liberdade e variedade compositiva para
tornar a composição mais quente. Isso trouxe um mix de efeitos sonoros, graças
a uma instrumentação muito mais bem sucedida, sucesso
nas melodias vocais e um rifft pegajoso. Viciantes ganchos entre
as estrofes se deveo a pesença de pequenos backing vocals e adições
instrumentais a cada grito da palavra “scandal!” — vejam que pela
segunda vez no disco o Queen conseguiu criar um destaque absoluto para uma
única palavra (a outra foi em The Miracle) sem repetir-se ou
estragar a melodia.
A LETRA: -Esta Composição é uma faixa
anti-imprensa sensacionalista.com uma letra dramática e é a faixa mais obscura do álbum. Uma especie de crónica dos tempos
complicados que a banda atravessou antes de gravar o disco. Foi uma forma que Brian
May encontrou para tratar de um casamento fracassado, sendo também direcionada a aqueles que haviam lançado
injustos dardos contra a banda, com toda classe de difamações e isso sem contar
com o comportamento ruim que alguns tabloides chegariam quando fizeram a vida impossível de Freddie durante sua
deterioração causada pela AIDS.
A
letra tem como base principal a privacidade e o assedio sem descanso e não ético dos papparazzis insistentes.
Resulta irónico escutar hoje em dia a frase( “in the end the story deeper must
hide”/”ao final, a historia deve esconderse mais profundamente”), já que foi
escrita enquanto Mercury ocultava zelosamente seu fragil estado de saúde do
público. O contexto em que foi escrita nos arrepia a pele!
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RAIN MUST FALL E MY BABY DOES ME – 2 canções feitas em colaboração entre
Mercury letra e Deacon melodia. Ambas com aquela pegada melodica latina, funk e
soul que tem caracterizado várias composições de John e não são canções
conhecidas do público em geral e nem de muitos fãs - só os que conhecem mais a
discografia da banda !
Rain
Must Fall - é e não é algo novo para Queen, pois a
música tem elementos caribenhos e tropicais (não nega ser de John Deacon, mas a
letra é de Freddie). Não é tão 100% novo pois nos faz lembrar de outra
composição de John: “Who Needs You” do News Of The World. Roger acerta bem,
abusando da percussão latina, que combina muito bem com a linha de baixo. Uma
melodía intoxicante cheia de orquestrações que tem em destaque a Red Special.
Uma canção que te convida a dançar e que eu particularmente gosto bastante e
acho bem simpática.
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My
Baby Does Me – Não é à toa que Deacon mais uma vez se
destaca na execução da faixa. Com menções honrosas ao trabalho de May também.
Outra canção surgida das interminables experiencias durante as sessões do
disco. É uma vinheta pop comercial, só que muito boa. O riff de baixo é
irresistivemente funk, a melodía é fresca e a canção em geral é um exemplo de
como o pop comercial pode ser encarado com elegancia e bom gosto. Maneirinha,
lentinha, mas tem atitude. E o baixo de John Deacon de novo arrebentando tudo.
Não é exagero de fã não, escutem e comprovem. Apesar dos créditos das canções
serem 'Queen' nosso baixista contribuiu e muito para esse álbum, não somente
com seu instrumental, mas em letra e composição. E os solos de Brian também não
são nada mal. Ou muito melhor dizendo, são bons pra caramba. Pouco falo do
Roger, mas que 'The Miracle' contém muita batida já programada, os famosos
sintetizadores, fazendo com que a batera manual de nosso herói ficasse um pouco
de lado. E é lógico que ele contribuiu pra caramba para esse álbum ser um sucesso. Obrigado Roger !
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FAIXAS BÔNUS
Na versão em CD, foram lançadas duas faixas bônus para este álbum, Hang On in There, uma ótima composição
em conjunto que deveria sim ter entrado para o álbum oficial. O bom trabalho de
múltiplas gravações, os solos e os arranjos para vocais de apoio fazem a faixa
uma boa pedida para o disco.
Chinese Torture, está sim se referindo a este terrível método de tortura, levando
metaforicamente o sentimento desse ato para a música, basta ouvir com
atenção a forma como a guitarra e a bateria entram e se mantém na premissa
musical dada pelas cordas. A concepção surgiu nos solos improvisados
de May no final da turnê de A
King of Magic, e só ganhou corpo, gravação
oficial aqui.
Os Lados B - Lançadas como B-Side tivemos três canções do período de The Miracle. Uma delas My Life Has Been Saved, foi retrabalhada e lançada no último álbum da banda, Made in Heaven (1995). As outras duas são Hijack My Heart, com Taylor nos vocais em mais uma tendência lírica e melancólica, presentes em muitas faixas desse álbum; e Stealin, com vocais de Mercury; faixa que mescla-se a um outra, In Charge Of My Heart, também de Taylor, que faz um excelente final na bateria, encerrando a faixa.
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THE MIRACLE -
CONCLUSÕES FINAIS : The Miracle, um notável disco do Queen que
merece ser recordado e valorizado com essa felicidade e alegría que a banda quis transmitir... Se tivessem tido condições
normais para fazer uma turnê, claro o LP teria tido uma melhor valorização,
porque o conteúdo merece. The
Miracle” apresentou 5 singles no top 30 das paradas: a
faixa-título The Miracle, “I Weant It All”, “The Invisible Man”,
“Breakthru” e “Scandal”. E também foi o 1o trabalho da banda
a não ter turnê de divulgação. Não houve shows ao vivo para promover o
álbum.
O disco teve bastante sucesso e é constantemente considerado o melhor e mais influente trabalho do Queen nos anos 1980. E sintetizou que os caras estavam mais unidos do que nunca, ao contrário dos “scandals” da mídia. Normalmente subestimado por alguns fãs, The Miracle acaba sendo chamado de “álbum menor”, mas sinceramente está longe disso. O disco faz jus ao seu título porque junta o Queen novamente, considerando que cada um dos membros estava envolvido com diferentes tendências musicais.
O disco teve bastante sucesso e é constantemente considerado o melhor e mais influente trabalho do Queen nos anos 1980. E sintetizou que os caras estavam mais unidos do que nunca, ao contrário dos “scandals” da mídia. Normalmente subestimado por alguns fãs, The Miracle acaba sendo chamado de “álbum menor”, mas sinceramente está longe disso. O disco faz jus ao seu título porque junta o Queen novamente, considerando que cada um dos membros estava envolvido com diferentes tendências musicais.
== O LP concentra algumas das composições mais
interessantes da fase tardia da banda e é responsável por recolocar o quarteto
nas paradas britânicas. Um álbum eclético e muito, muito divertido de seu
ouvir. Sabendo agora da doença e das
condições de Freddie não perderam tempo. Com 'Miracle' finalizado, nossos
heróis correram contra o tempo para gravar o álbum seguinte: 'Innuendo', que seria o penúltimo álbum do
Queen. Não podiam esperar um d.ia
sequer. Era preciso aprove itar tudo que Freddie ainda pudesse oferecer.
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