Este álbum merece uma ótica totalmente objetiva, sem
prejuízos acerca de conhecer quem é o que estamos escutando. O primeiro que
fica claro ao escutar The Cosmos Rocks é que Paul não se limita a submergir-se
baixo a identidade coletiva do Queen, mas sim se trata de uma aliança entre
iguais , em que Rodgers se mistura ao Queen sem perder a identidade.
Rodgers
não tenta recriar o velho som do Queen, o que seria estranho, mas busca algo
novo, somando as 2 partes, e a química funcionou. Trabalharam juntos para
dar vida e também dividiram os instrumentos (Brian e Paul se alternaram no
Baixo) e na produção. Rodgers canta com voz mais grave e tem um alcance menor
que o insubstituível Freddie, mas consegue trazer sua característica ‘bluesy’. O que fica evidente em Paul é sua incrível capacidade de
interpretação, que acrescenta muita emoção às composições, todas de autoria de
May, Rodgers e Taylor.
Também podemos dizer que
se trata de um álbum de rock melódico, entre o som antigo do Queen e o hard-rock
oitenteiro de Paul Rodgers. Encontramos soul, algo de blues, de hard-rock puro,
de power-balad e algo de som americano tradicional, casi country. Não temos
nesse trabalho, o barroquismo e os preciosos e sofisticado arranjos vocais, dos
1os anos de Queen. Com tudo isso, contrariamente a conotação espacial do título
do álbum, o som é bem roqueiro e o direto. Para os fãs, sabemos que esse
título do álbum tem tudo a ver com o nosso Dr. May que é astrônomo formado.
Não
é difícil associar porém, cada faixa do disco a uma música clássica do Queen,
ou a um dos subgêneros nos quais o grupo se apoiava. O artifício, se remete a
uma espécie de compilação imaginária de grandes sucessos do Queen. O resultado
não é retrô considerando produção e arranjos em sintonia com os
novos tempos. The Cosmos Rocks é +pesado do que se podia esperar basicamente da reunião de roqueiros veteranos.
The Cosmos Rock”
consegue a façanha de ser um disco agradável. Justamente porque não há compromissos
do trio em soar como o Queen de antes. Não há expectativas de se ouvir canções
intrincadas e com arranjos pomposos, pois a voz de Freddie não mais está
nele. Esse descompromisso com o padrão Queen não incomodou May/Taylor. Portanto
quando se ouvir o disco deve se pensar nas linhas de guitarra e bateria do
Queen com a voz também única de Rodgers, gerando apenas rock and roll de
qualidade. Comparações com a antiga formação não cabem
aqui. Seria o mesmo que dizer que o grande disco do Covardale/Page é melhor ou
pior do que Led / Whitesnake.
Embora a voz de Rodgers seja marcante, Brian May é,
no fim das contas, quem aparece muito bem e conduz o álbum ao seu destino:
representar com precisão o legado deixado pelo Queen mesmo sendo um som
misturado de gênero. Ótimo álbum de Rock, para dar o play e deixar rolar...sem maiores pretensões !!
Não é um álbum perfeito do Queen, mas que se destaca no catálogo anterior como um álbum interessante e divertido. A Grande diferença é que The Cosmos Rock tem mais e maiores guitarras do que várias faixas do Queen nos anos 80. Isto até podemos dizer: um elogio, ou talvez uma crítica. Depende do ponto de vista !
Não é um álbum perfeito do Queen, mas que se destaca no catálogo anterior como um álbum interessante e divertido. A Grande diferença é que The Cosmos Rock tem mais e maiores guitarras do que várias faixas do Queen nos anos 80. Isto até podemos dizer: um elogio, ou talvez uma crítica. Depende do ponto de vista !
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FAIXAS
Cosmos Rockin - O CD começa com alguns efeitos sonoros semelhantes, a “One Vision”. Então, a guitarra de Brian May entra em ação, e a 1a faixa começa. Uma ótima faixa, um rock pesado e rápido, com as lambidas de May no que ele sabe fazer bem. Paul Rodgers, eternamente jovem, está em boa voz. Que grande começo para um álbum de retorno!
Aqui logo você é atingido por um poder inesperado um entusiasmo que você esperaria
mais de banda jovem, do que um grupo de veteranos que se aproximasse da idade
da aposentadoria. Mas mesmos assim temos um hino de arena cativante com um
Queen de sua Red Special que volta para nos fazer sentir o seu rugido.
Um rock que se espalha como fogo e acaba conquistando todo o universo.
Os vocais de apoio e a letra
cantada é um pouco espalhafatosa, mas é uma boa música que faz você se sentar e
tomar conhecimento.É uma das músicas mais do Queen no álbum. Abrir o disco com o Cosmos Rockin ' é uma boa aposta:
seu estilo retrô pode até parecer não convencer, mas nos leva a descobrir o que
vem a seguir. Nesta faixa, o trio prova querer fazer música sem pára-quedas. Assim o ouvinte se vê instantaneamente catapultado em um caleidoscópio de sons
e gêneros, todos voltados para um rock'n'roll mais leve e ao mesmo tempo mais
poderoso. O solo fascinante de Brian, que tem o poder de lembrar de uma das mais famosas cenas de filmes de
todos os tempos (De Volta para o Futuro lhe diz alguma coisa?)
Time To Shine : embora todas as peças sejam creditadas ao Q + PR, os estilos são claros e evidentes, então parece claro que a segunda música é o resultado da caneta de Paul Rodgers. Ouvir isso é surpreendente, porque parece estar de acordo com o estilo Queen, especialmente nas notas iniciais, mas também em toda a progressão da peça. Uma musica dinâmica. Brian dá suas boas pinceladas em sua guitarra, que combinam com um refrão que te pega.
Still Burnin um Blues rock rasgado a lá Rodgers - Brian então tem a
tarefa de empurrar o ouvinte para territórios mais duros que lembra muito
bem o Dragon Attack May. O
auto-referenciamento de We Will Rock You, presente na canção, talvez auto-referencial demais, mas no caso é uma inserção que funciona e os
coros que embelezam a trilha merecem um aplauso inesperado.
Small 1a balada do álbum, de
Roger. Muitas vezes tem sido duvidado que de sua caneta, sempre um pouco
rude no Queen, (mas não na sua carrera solo). Para quem conhece pouco a sua trajetória musical, escutar uma peça tão delicada é diferente. Mas Small também aparecerá em seu
próximo álbum solo. É uma certamente entre as mais
modernas de estilo e som, e oferece um lindo solo de Brian. Perfeito: uma música que "busca sossego em pequenas coisas"
algo muito mais difícil, pelo estilo quanto pelo assunto. Queen raramente tratou temas sociais nas musicas (o 1o ex. isolado remonta a 76 com o White
Man). Balada fantástica digna do catálogo Queen.
Brian e Roger se unem muito a Rodgers no refrão. Aqui você acha que
o Queen se iluminou !
Warboys - composição de Rodgers - propõe uma declaração política rara. Fala de jovens que vão á guerra. Na letra : Eles nasceram com o conhecimento da luta para sobreviver - Eles foram criados, aprendendo apenas formas para se manterem vivos - Sua linguagem é a linguagem da bala e da arma Se você pode vê-los chegando, baby, melhor correr. Tem uma batida militar, um som intenso, hard rock, com a bateria e guitarra dando o tom forte e rude, até com sons de bala, bem no fundo em alguma parte.
Some thinjgs that gliter.. composição de
Brian. Há tudo nesta música ou pelo menos tudo que você precisa querer ouvir de
novo. A vibe dessa musica lembra bem um pouco de Beatles. Uma musica gostosa de
ouvir que é suave e bem arrajada com o toque da Red Special que encanta. Depois
Brian a regrava com sua amiga Kerry Ellis, mas já numa vibe bem mais acústica.
Through The Night é mais uma música lenta
de blues composta por Rodgers. É uma ótima faixa lenta do álbum e apresenta um lindo
trabalho de guitarra no final da música. Uma balada suave que se
constrói para um acabamento mais empolgante e inspirado. É bom ouvir os vocais
de Brian lá também. Aqui talvez a atmosfera mais escura e íntima esteja longe
dos clichês de Queen, mas o tempo muda as pessoas e impõe a elas uma
busca bem mais introspectiva e reflexiva.
Voodoo é outra experimentação, uma daquelas que fazem
os fãs intransigentes torcerem seus narizes. Não sei qual percepção o povo de Queen tem, mas para mim eles sempre
representaram uma espécie de enciclopédia musical. Se há uma coisa que eles ensinam, é
precisamente digerir e apreciar mil estilos diferentes. Com Voodoo estamos no campo do blues e se
alguém não sabe do que estou falando, vá e ouça os solos de Brian May: eles são
todos, ou quase, simplesmente solos de blues. Uma composição bem Rodgers sem dùvida.
We Believe. Pegue Las Palabra De Amor, adicione um texto inspirado no compromisso animalesco de Brian (que se torna uma metáfora para dizer ao mundo que você gostaria de construir com aquele pouco de consciência extra que muitas vezes perdemos) e você terá essa linda canção. Difícil dizer as sensações da primeira audição. Enfim: é uma música do Queen feita e finalizada.
Surf’s up...school aut - a volta para o hard rock, faixa rude e pesada. Abre as portas para as bandas mais jovens.
Say It's Not True - Tema: descobrir que você é HIV positivo. Foi o 1o single de estúdio do Queen + Paul
Rodgers. Foi lançado no Dia Mundial da Aids em 1 de dezembro de 2007. A faixa
foi escrita por Roger. Foi tocada ao vivo na turnê mundial Queen +
Paul Rodgers 2005/06, onde a versão
ao vivo era acústica e só contou com Roger nos vocais. Na turnê The Cosmos Rock, a música foi cantada por Taylor, May e Rodgers
como no single.
A música foi escrita
para a fundação AIDS de Nelson Mandela "46664", sendo, portanto,
tocada ao vivo por Queen no 1o show do 46664 em 29 de novembro de 2003.
Roger no vocal apoiado por David A. Stewart na guitarra. Em 31 de dezembro de 2007,
a música foi lançada como um CD, com todos os rendimentos para o evento
"46664" de 2007, uma série de concertos organizados pela Fondation Nelson-Mandela para a luta contra a AIDS ).
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